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Justiça mantém prisão de José Rainha e Luciano Lima, líderes da FNL

Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

Os líderes da Frente Nacional de Luta do Campo e Cidade (FNL), José Rainha e Luciano Lima, permanecem presos após audiência de custódia realizada nesse domingo (5). Eles tiveram prisão preventiva decretada no sábado (4) sob acusação de extorsão de proprietários rurais.

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De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Civil de São Paulo, as prisões não teriam relação com os atos de ocupação promovidos pelo movimento social no carnaval deste ano, mas teriam o objetivo de pacificar os conflitos no campo. Segundo a SSP, a polícia abriu inquérito e apreendeu ao menos cinco armas de fogo com os proprietários das terras ocupadas.

A FNL alegou que as prisões de José Rainha e Luciano Lima tem motivações políticas em função do chamado “Carnaval Vermelho”, uma onda de ocupações que foi promovida pelo movimento em fevereiro para chamar a atenção do poder público da presença de terras improdutivas e a existência de 33 milhões de brasileiros com fome.

O advogado dos dois líderes detidos, Raul Marcelo, por sua vez, falou que não teve acesso aos autos do inquérito ao qual eles são acusados até agora.

“Até o momento, a defesa não pode ter acesso ao inquérito. Nós estamos pressionando desde o sábado, dia que aconteceu esta prisão (…) é uma prisão arbitrária, ilegal. José Rainha e Luciano têm residência fixa, trabalham no campo, não ameaçam a ordem pública, tem total disponibilidade de colaborar com a Justiça… aliás, durante este inquérito sigiloso, que está aí desde 2021, em nenhum momento nossos clientes foram chamados para depor. Se fossem, iriam contribuir para elucidar as dúvidas”.

José Rainha deixou a liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) por divergências políticas em 2014, quando fundou a Frente Nacional de Luta do Campo e Cidade.