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Túmulo de Lázaro Barbosa é encontrado aberto

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

A polícia iniciou as investigações para descobrir o autor de
um vandalismo cometido contra o túmulo de um homem conhecido como “Serial
Killer do DF”. O coveiro do cemitério em que está sepultado Lázaro Barbosa, foi
quem denunciou o caso.

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O homem, que foi morto durante tiroteio com policiais em
2021, foi sepultado em um cemitério da cidade de Cocalzinho de Goiás. A morte
dele aconteceu após 20 dias de buscas pelas matas daquela região.

O crime de vandalismo contra a sepultura dele, foi descoberto
nesta quarta-feira (15). Equipes de perícia estiveram no local e afirmaram que
assim como o corpo, o caixão estava intacto.

Desta forma, foi descartada a hipótese ventilada nas redes
sociais, de que o crânio de Lázaro teria sida furtado durante a ação criminosa.
“Houve, sim, violação. Tentaram levar o corpo dele, mas ou desistiram no
caminho ou alguma coisa aconteceu”, o delegado Rafhael Barboza.

Relembre o caso

No dia 9 de junho de 2021, Lázaro invadiu um sítio em Incra
9 na cidade de Ceilândia, onde assassinou a sangue frio Cláudio Vidal, de 48
anos, e seus dois filhos Gustavo Marques Vidal, de 21 anos, e Carlos Eduardo
Marques Vidal, de 15 anos. Em sua fuga após o crime, levou em sua posse
Cleonice Marques, de 43 anos, esposa e mãe dos outros falecidos, como sua
refém. Antes de ser raptada, Cleonice Marques conseguiu avisar seu irmão sobre
a situação por um telefone celular. Seu irmão chegou ao local do crime e logo
ligou para a polícia, que iniciou uma força-tarefa na esperança de encontrar
Cleonice Marques viva.

No dia 10, Lázaro invadiu outro sítio a 3 km daquele no qual
havia praticado o primeiro crime, fazendo de refém a proprietária e o caseiro
da chácara durante três horas. Durante este tempo, obrigou a proprietária a
cozinhar para ele enquanto fazia comentários orgulhosos sobre o crime anterior,
que havia passado na televisão, para as vítimas amedrontadas. Lázaro também
obrigou as vítimas a beberem e usarem drogas com ele. Após o episódio, ele
fugiu levando celulares, uma jaqueta e duzentos reais. Nesta ocasião, Lázaro
não matou nem feriu ninguém. No dia 11, Lázaro roubou um veículo em Ceilândia e
dirigiu até Cocalzinho, em Goiás, onde incendiou o carro para dificultar seu
reconhecimento. Após o ato, um comparsa facilitou sua fuga.

No dia 12, invadiu uma chácara e fez um caseiro refém,
passando toda a tarde bebendo com o mesmo. Neste episódio, não feriu nem roubou
o caseiro, apenas o obrigou a ingerir bebidas alcoólicas com ele. No mesmo dia,
a inteligência da policia mapeou o modus operandi de Lázaro, o que os levou a
dois esconderijos do assassino, onde foram encontrados os restos mortais de
Cleonice, que havia sido sequestrada no dia 9 de junho. Durante a noite do dia
12, Lázaro invadiu outra chácara. Os civis que estavam no local reagiram e
foram baleados; ao total, três civis foram feridos e dois se encontram em
estado grave. Após balear os residentes do sítio, Lázaro fugiu roubando duas
armas do local. Mais tarde no mesmo dia, incendiou uma casa e trocou tiros com
a polícia, porém, conseguiu fugir do local.

No dia 13, Lázaro consegue fugir dos policiais, rouba um
carro estacionado, e dirige por 30 km até chegar próximo a uma das barreiras
montadas pela policia. Lázaro salta do carro e foge a pé para dentro do mato
onde continua foragido.[12] Em 15 de junho, Lázaro foi encontrado por viaturas
rurais da zona que participavam do cerco ao mesmo após ataque a uma família,
participou de uma troca de tiros no qual acabou baleando de raspão um policial
militar, o mesmo foi transportado de helicóptero para o hospital e passa bem.
Aparentemente ele não estava ferido, tendo tirado a credibilidade da história
do caseiro. A SSP não soube informar se Lázaro também ficou ferido na ação.

No dia 16, Lázaro foi visto por moradores da cidade de
Cocalzinho de Goiás. Após ser avistado, invadiu uma residência onde se
encontravam três pessoas, rendendo duas das três vítimas. Uma das vítimas,
adolescente, conseguiu enviar uma mensagem para a policia enquanto se escondia
no quarto. A casa estava sendo vigiada pelos policiais militares e Lázaro
adentrou a residência logo após a saída da guarnição. Lázaro encontrou a
adolescente e levou os três reféns para o mato, onde destruiu seus telefones
celulares. Após perceber o cerco da policia com helicópteros, ele liberou os
reféns e seguiu sua fuga. As autoridades suspeitam que Lázaro passou a noite em
um sítio abandonado tendo em vista sinais de arrombamentos recentes e uma
camiseta com sangue, o que significa que Lázaro pode estar ferido ou ter caçado
algum animal recentemente. No dia seguinte, Lázaro troca tiros com a polícia
durante um cerco na zona rural de Cocalzinho de Goiás. O tiroteio deixou
feridos, porém, mais informações não foram dadas.

No dia 24 de junho, o Secretário de Segurança Pública de
Goiás, Rodney Miranda, disse que a polícia prendeu duas pessoas suspeitas de
ajudarem Lázaro a fugir. Eles eram o fazendeiro Elmir Caetano Evangelista e o
seu caseiro Alain Reis dos Santos. Segundo depoimento de Alain à polícia,
Lázaro dormiu cinco dias na propriedade de Elmir, além de jantar e almoçar,
sendo chamado pelo fazendeiro através de gritos em direção à mata. Elmir, no
entanto, segundo a defesa, negou tudo e alegou que, ao gritar o nome de Lázaro
em direção à mata, estava apenas brincando. No dia 26, foi revelado pela
polícia que Lázaro havia criado um perfil falso no Facebook chamado
“Patrik Sousa”, provavelmente para acompanhar as notícias do caso. A conta
foi criada a partir de um celular roubado, e o criminoso ficou com ele entre os
dias 15 e 18 de junho.

Uma força tarefa foi montada em conjunto com as policias
militar, civil e rodoviária federal, com a participação de mais de duzentos
homens em incursões para encontrar Lázaro. Os policiais dividiram-se entre
estradas importantes da região, onde foram montadas barreiras; também ocuparam
34 chácaras da região para proteger os moradores e realizaram patrulhas pela
área de mata onde Lázaro havia se escondido já que, segundo a polícia, ele seria
um “mateiro experiente”.

Os bombeiros militares também auxiliaram nas buscas por
Lázaro, utilizando drones para o encontrar e prevenir maiores intercorrências.

Lojas das regiões por onde Lázaro passou foram fechadas para
evitar a presença do criminoso. Além disso, há relatos de que moradores das
regiões passaram a abandonar suas casas.

Morte

No dia 28 de junho, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado
(DEM), anunciou sua prisão. O criminoso foi localizado na casa da ex-sogra.
Após a captura pelos policiais, Lázaro morreu numa troca de tiros, no município
de Águas Lindas de Goiás.

Possíveis motivações

Lázaro encontrava-se foragido desde 2018 e trabalhava em
propriedades rurais. As razões que o levaram a matar a família no Incra 9 são
desconhecidas. Contudo, foram atribuídas possíveis motivações. Lázaro, em um
laudo psicológico anterior ao incidente em 2021, havia sido descrito como uma
pessoa impulsiva, ansiosa e com “preocupações sexuais”