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Movimento em Três Passos aumenta mas população evita comentar sobre o caso

Foto: Airton Lemos | Acústica FM
Foto: Airton Lemos | Acústica FM

Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul, tem quase 24 mil habitantes. Nas ruas, o domingo é de pouca circulação de pessoas. O Comércio, em sua maioria, fechado, tira de casa apenas os moradores que buscam almoçar no restaurante mais frequentado da cidade. No entanto, nesta segunda-feira um episódio que entristece a todos no município, volta à  tona e movimenta toda a região: o Caso Bernardo. 

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Desta vez, um novo julgamento do Pai do menino, Leandro Boldrini , acusado de arquitetar a morte do próprio filho toma conta do noticiário e  depois de nove anos  ainda desperta a curiosidade sobre o desfecho do caso. Embora Boldrini tenha sido condenado a 33 anos e 8 meses de prisão no julgamento anterior,que foi anulado pela primeira Câmara Criminal, e por isso agora vai ser retomado, os moradores de Três Passos ainda parecem estar confusos com a história.

A reportagem ouviu relatos sobre Leandro Boldrini. Em um aspecto todos são unânimes: “ele era um bom  Médico.” Mas o assunto não é  prolongado, não vai adiante. Poucos se atrevem a emitir uma opinião mais forte. O sentimento das pessoas que a reportagem ouviu se desse para resumir é  um: surpresa com comportamento descrito de Leandro na denúncia do Ministério Público. Agora essa percepção,  não significa que coloquem a 

mão no fogo pelo médico conceituado que era bem visto pelos moradores locais. 

Nesta segunda feira, as atenções estão voltadas mais uma vez a Três Passos . O Novo julgamento de Leandro Boldrini está marcado para 9h30 no Fórum da Cidade. Pela manhã, serão sorteados os jurados, e na sequência os depoimentos da testemunhas convocadas pelo Ministério Público e defesa do réu. 

O Ministério Público do RS afirma que  trabalha com um grande conjunto de provas para buscar a condenação de Leandro Boldrini, que responde pelo assassinato do filho Bernardo Boldrini ocorrido em 2014 na cidade de Frederico Westpahlen. No entanto, segundo a promotora de Justiça Lúcia Callegari, há ao menos três linhas centrais que a acusação pretende expor aos jurados na próxima segunda-feira, 20 de março, quando ocorre um novo julgamento do pai do menino. 

Entre os argumentos que o MP vai apresentar estão: a negligência do pai com o menino; o conteúdo de vídeos que mostravam gritos de socorro do garoto;  e a receita do medicamento que causou a morte da criança, assinada por Leandro, que é médico. A perícia apontou que a causa da morte de Bernardo foi uma superdosagem do remédio Midazolan

Já a defesa de Boldrini, em entrevista à reportagem da Rádio Acústica FM, admitiu que o médico não era um bom pai para Bernardo. Mas segundo o advogado Ezequiel Vetoretti, há um diferença entre julgar a relação entre pai e filho, com a acusação de que ele era o mentor da morte de Bernardo. Vetoretti afirmou ainda que Leandro Boldrini não receitou e não forneceu o medicamento que causou a morte do menino por uma superdosagem.