A Prefeitura de Camaquã, ao contrário do que ocorreu em muitos municípios do Estado, renovou o convênio do transporte escolar do ensino médio para o próximo ano.
O convênio é feito através do Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar (Peate). Por meio desse acordo, as prefeituras administram todo o serviço, conduzindo os alunos municipais e estaduais. Já o Estado deveria custear a sua parte das despesas. Porém, o recurso estadual é insuficiente. Segundo levantamento da Famurs, o Governo do Estado transfere aos municípios, em média, R$ 630 por aluno ao ano, entretanto, o custo é de aproximadamente R$ 1.161 per capta para realizar o serviço. Um complemento de R$ 531 por estudante que, se multiplicado pelos 427 alunos do Ensino Médio no município, representa um desembolso de mais de R$ 226 mil, que é de responsabilidade do Estado.
A renovação do contrato significa que os alunos continuarão com o transporte, contudo, a Prefeitura que já enfrenta as consequências da crise para manter os serviços básicos, sofrerá ainda mais.
O prefeito João Carlos Machado defende que os alunos não merecem ser prejudicados por falta de repasses. Dessa forma, o município optou em continuar com o serviço, que para o próximo ano, devido ao aumento das despesas com combustível e outros gastos das empresas de transporte, deverá aumentar ainda mais.
“Não podemos falhar com a educação, em especial a dos jovens, pois é deles que depende o futuro do país”, salienta o prefeito. Ele destaca ainda que fará o máximo possível para que outros serviços básicos da população não sofram com os atrasos nos repasses dos governos Estadual e Federal.
