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Presidente do Simers esclarece paralisação realizada pelos médicos conveniados aos Ipe Saúde

Foto: Acústica FM
Foto: Acústica FM

Uma crise no Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde) promove um movimento de paralisação de médicos credenciados em busca de valorização. Na manhã desta terça-feira (11), o presidente do Simers, Marcos Rovinski, detalhou sobre a adesão de médicos na paralisação, em entrevista na Acústica FM. 

Conforme Rovinski, a paralisação começou nesta segunda (10) com objetivo de cobrar a qualificação salarial mediante o serviço dos profissionais ao IPE Saúde: “cada profissional é autônomo, mas a adesão foi importante principalmente no interior do Estado”, explica. O presidente destaca que os casos de urgência e emergência seguem com atendimento, no entanto casos que podem ser remanejados foram transferidos. 


O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) destaca a importância do movimento histórico pela valorização dos mais de 6,5 mil médicos credenciados e pela qualidade na assistência aos cerca de um milhão de usuários: “não podemos mais manter o trabalho do profissional com as condições atuais”, lamenta. 


A categoria espera por uma reunião que deverá ocorrer nesta quarta-feira (12) na Assembleia Legislativa, sob coordenação do deputado Tiago Duarte e chefe da Casa Civil, quando o governo deve apresentar uma proposta para a reestruturação da autarquia e que contemple a defasagem de 12 anos nos honorários dos profissionais. “Estamos esperançosos de que haja uma reformulação do IPE, incluindo a reforma no pagamento dos honorários médicos e hospitalares. Esperamos isso há algum tempo, no sentido de valorizar e remunerar a altura da responsabilidade do médico, para que se mantenha um IPE forte e que atenda de forma adequada os usuários”, destacou o presidente do Sindicato.


Rovinski explica que o resultado da agenda será apreciado na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), também nesta quarta-feira, às 19h, reunindo os médicos credenciados de forma presencial no auditório da entidade ou on-line. “A partir disso, vamos avaliar os próximos passos do nosso movimento, se seguimos dessa forma, se vai haver descredenciamento ou licenciamento temporário. Ambas as decisões, infelizmente, precarizam o atendimento pelo IPE”, lamentou Rovinski.

Paralisação

Na última AGE realizada pelo Simers para tratar sobre a Crise no IPE-Saúde, os mais de 200 médicos participantes deliberaram por uma paralisação das atividades, nos dias 10, 11 e 12 de abril. A decisão afetou a realização de consultas e procedimentos hospitalares eletivos pelo convênio, mantendo, apenas, o atendimento das urgências e emergências.


Para se ter uma ideia do tamanho do movimento, os profissionais que atuam no Hospital Ernesto Dornelles (HED) — referência no atendimento aos usuários do plano — cancelaram consultas e cirurgias eletivas. Mais de 200 consultas foram remarcadas na instituição em apenas dois dias de paralisação e metade das cirurgias eletivas não puderam ser realizadas. Sem falar na adesão de profissionais de todo o Estado, com uma estimativa de mais de 60% dos médicos que atuam em consultórios na Capital e interior.


Confira a entrevista na íntegra:
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