A fila de pacientes no aguardo de procedimentos cardíacos como cateterismos, a colocação de marca-passos, (entre outros) gera a espera de 90 dias em leitos hospitalares de 18 municípios da região metropolitana de Porto Alegre
Durante reunião do Fórum de Saúde da Associação realizada nesta terça-feira, a coordenadora do encontro, Ana Boll, alertou que há mais de 300 pacientes nos hospitais da região, aguardando para realizar esses procedimentos.
“Este cenário é resultado da portaria do governo Federal que restringiu o financiamento público para este tipo de procedimento”, diz Ana Boll.
A Portaria GM/MS 3.693/2021 altera atributos de procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS e estabelece a dedução de recurso do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde – Grupo de Atenção Especializada, incorporado ao limite financeiro de Média e Alta Complexidade – MAC dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Números da prefeitura de Porto Alegre, apresentados no encontro, revelam que a portaria está financiando aproximadamente R$17 mil em um cardioversor, quando ele custa no mercado R$ 40 mil.
A chegada do inverno e o aumento de casos de doenças respiratórias, que demanda a ampliação de leitos e equipes também preocupa os gestores municipais. Ana destacou que é necessário uma linha de financiamento para a abertura de leitos para atendimento da população, pois os prestadores não conseguem sustentar esses custos sozinhos.
O governador Eduardo Leite receberá, na quinta-feira (4/5), às 17h, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Palácio Piratini. Durante a reunião, serão discutidos assuntos relacionados à área da saúde no Rio Grande do Sul. O encontro, que ocorrerá no Gabinete do Governador, também contará com a presença da secretária da Saúde, Arita Bergmann.