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Governo Lula tenta aproximação com agronegócio através do BNDES

Foto:  Divulgação
Foto: Divulgação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
deve anunciar mais R$ 2 bilhões para a linha de crédito
em dólares do setor agro. O valor se soma aos outros R$ 2 bilhões anunciados em
abril de 2023.

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O novo crédito bilionário será o mecanismo usado por Lula (PT)
para conquistar o público ligado a Bolsonaro (PL). A necessidade de estreitar
relações com o setor agro ficou nítida após a Agrishow, maior feira de
agronegócios do Brasil, que ocorreu na última semana.

No primeiro dia de evento, o ministro da Agricultura, Carlos
Fávaro, foi desconvidado porque, nas palavras dele, os organizadores queriam
constrangê-lo politicamente, ao adiar a sua participação para que ela
acontecesse depois de Bolsonaro chegar ao local (relembre).

A ação do BNDES também atende a determinação do presidente Lula de aumentar o
crédito para empresas.

Fontes internas ao BNDES disseram ao blog que a nova linha de
crédito rural poderá ser paga em até dez anos, sendo os dois primeiros anos de
carência, e com uma taxa real de 3% ano (considerando uma variação cambial de
+7,5 ao ano).

Durante a feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
(Republicanos), lançou uma linha de R$ 200 milhões em taxa Selic. Nas palavras
da fonte, a saída de Tarcísio é 5% do crédito do BNDES e tem uma taxa bem
maior.

Até abril, o produtor rural contava com três tipos de taxas para
o financiamento do Crédito Rural: Selic; TLP (Taxa de longo prazo do BNDES); e
Taxa Fixa do BNDES.

Em nota quando anunciou os primeiros bilhões, o BNDES disse:
“com a criação de uma linha com taxa fixa em dólares, a expectativa é de
potencial de crédito superior a R$ 2 bilhões por ano para operações que
utilizem esse custo financeiro. A novidade deve contribuir para a ampliação da
mecanização, renovação e atualização tecnológica da frota de tratores e
colheitadeiras agrícolas, viabilizando maior produtividade no campo”.