Em ato realizado na tarde desta terça-feira (16), funcionários
do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e do Serviço Social do
Comércio (Sesc) participaram de protesto na cidade de Camaquã. A insatisfação da
categoria é contra os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão (PLV)
09/2023, que prevê o desvio de 5% dos recursos das contribuições sociais
destinadas pelas empresas do setor terciário ao Sesc e Senac para a Agência
Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
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Os funcionários e dirigentes das entidades locais, iniciaram
a manifestação por volta das 15h30 com uma caminhada que saiu da unidade e foi
até a Esquina Democrática (Olavo Moras com Presidente Vargas).
Neste mesmo dia, uma grande mobilização envolvendo milhares
de pessoas foi realizada pelo Sistema Fecomércio-RS em Porto Alegre, no Largo
Glênio Peres. A ação faz parte do Dia S promovido pelo Sistema CNC, Federações,
Sesc, Senac e sindicatos patronais em todo país.
De acordo com a Fecomércio, se o projeto for aprovado, 5%
dos recursos destinados ao Sesc e ao Senac serão desviados para a Embratur,
para divulgar o Brasil para o exterior. Essa redução do orçamento pode
acarretar o encerramento das atividades do Sesc e Senac em mais de 100 cidades
no Brasil e mais de R$ 260 milhões deixariam de ser investidos em atendimentos
gratuitos.
A entidade também afirma que no Rio Grande do Sul, isso
poderá gerar o encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 10 cidades
gaúchas. Seriam fechadas 5 unidades do Sesc, com corte de 348 empregos e
deixariam de ser investidos R$ 13 milhões em atendimentos gratuitos.
Também haveria diminuição de mais 3 toneladas de alimentos
distribuídas por programas como o premiado internacionalmente Mesa Brasil Sesc,
supressão de 359 exames de saúde e de 5 mil atendimentos em atividades físicas
e recreativas. Além disso, haveria o corte de 277 apresentações culturais.
