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Governo transfere mais de 520 detentos do Presídio Central para cadeias da região metropolitana

Foto: Rodrigo Borba | Ascom Susepe
Foto: Rodrigo Borba | Ascom Susepe

Ao todo, foram transferidos 529 presos para cadeias da região metropolitana de Porto Alegre. O governo do Estado por meio da Secretaria dos Sistemas Penal e Socioeducativo montou uma megaoperação em duas partes, que terminou nesta segunda-feira com a saída de 240 presidiários. 

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Na quinta- feira passada,houve a remoção de 289 presos. Os apenados foram levados para Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul, Penitenciária Estadual do Jacuí em Charqueadas e o Complexo de Canoas 

Durante junho do ano passado, a primeira etapa removeu 555 presos do local para 12 unidades prisionais na Região Metropolitana. A medida ocorre porque a estrutura, que já foi considerada a maior casa prisional gaúcha com uma lotação de 4,5 mil pessoas em 2016, por exemplo, passa por obras desde o segundo semestre do ano passado. O objetivo é que a lotação máxima seja de até 1.884 presos, que é o número total de vagas. Atualmente, a reforma está 50% concluída.

O secretário de Sistemas Penal e Socieducativo, Luiz Henrique Viana, lembrou que a ação envolveu um longo planejamento e diálogo com instituições em diferentes esferas durante a preparação. “Esta é a segunda movimentação realizada para sequência da readequação das obras da Cadeia Pública de Porto Alegre. É, também, a segunda maior envolvendo pessoas privadas de liberdade numa única operação. Para que isso ocorresse com êxito, foi necessário o trabalho integrado das forças de segurança, as quais, uma a uma, garantiram o sucesso da ação. Com isso, atingimos mais um importante passo deste projeto, que muda a trajetória do sistema carcerário no Rio Grande do Sul”, avaliou.

O Presídio Central, que deve ter a reforma concluída até o final de 2023, com um valor previsto de R$ 116,7 milhões, teve — nesta segunda fase de remoções — a transferência de 240 presos no dia 11. Eles foram para a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ) em Charqueadas. 

A operação só foi divulgada nesta terça-feira, durante coletiva de imprensa na Capital, por questões de segurança. Para realizar as transferências, o governo gaúcho disponibilizou mais de mil policiais penais e mais de 1,6 mil policiais militares, totalizando cerca de 2,6 mil agentes em 300 viaturas, contando ainda com apoio do reforço de um helicóptero da Brigada Militar (BM).

Em entrevista coletiva as autoridades também destacaram que mais de 500 Brigadianos devem retornar às ruas em 2024 , em razão da troca de comando para Susepe em cadeias que ainda são administradas pela PM.

“O número de policiais que deixará os presídios será gradual, mas em janeiro, já serão uns 500 e a população vai sentir a diferença nas ruas e não só em Porto Alegre, mas no Estado todo. Esses PMs que estão nos muros de dezenas de presídios, por exemplo, irão fazer patrulhamento principalmente no Interior — ressalta o Secretarario de Segurança Sandro Caron.

Atuaram nesta segunda etapa de transferências, dias 11 e 15 deste mês, integrantes do Grupo de Ações Especiais da Susepe (GAES), dos Grupos de Intervenção Regional (GIRs), da Divisão de Segurança e Escolta (DSE), além de servidores dos estabelecimentos prisionais. Participaram ainda BM, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Guardas Municipais de Porto Alegre e Canoas, além do Corpo de Bombeiros.

Segundo o comando da BM, que contou com 1,6 mil integrantes, PMs fizeram parte das escoltas, mas também foi usado efetivo do Batalhão de Choque. Os brigadianos estiveram de prontidão não somente para evitar alguma tentativa de resgate nos delsocamentos, mas para desmobilizar eventuais movimentações criminosas ou até possíveis ações de integrantes de facções em áreas onde os presos transferidos atuam. Isso porque há muitos líderes de quadrilhas e organizações criminosas que foram remanejados.