Search
[adsforwp-group id="156022"]

Brasil tem mais de 5 mil crianças e adolescentes a espera de adoção

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

No Brasil, tramitam mais de cinco mil processos de adoção, atualmente. Mais de 300 deles envolvem grupos de irmãos adotados por uma mesma família. Apenas 73 envolvem adolescentes acima de 16 anos. E menos de 15% são de crianças negras.  

Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!   

Esses perfis não são nada comuns, nos processos de adoção, no Brasil. Mas foram os escolhidos pela família da influenciadora digital, Fernanda Fabris, de Indaiatuba, interior de São Paulo, que concluiu duas adoções tardias: uma com quatro irmãos; e a segunda com uma adolescente prestes a completar18 anos. 

Agora, mãe de  cinco, Fernanda sempre estuda o tema, faz palestras e posta nas redes sociais a realidade, sem romantizar a experiência da adoção, mas encorajando as pessoas a terem certeza da decisão.  

Uma das filhas de Fernanda é a Flávia, de 13 anos, adotada aos 11, junto com os três irmãos. Ao relatar a dificuldade em aceitar a nova família e de reconhecer o próprio direito ao afeto, ela avalia que vale a pena se abrir para essa nova possibilidade.  

No Sistema Nacional de Adoção, do Conselho Nacional de Justiça, existem pouco mais de cinco mil crianças e adolescentes disponíveis para adoção. Por outro lado, mais de 34 mil pessoas ou famílias estão dispostas a adotar. É uma conta que não fecha, já que, para cada criança que espera ser adotada, existem quase sete famílias desejando adotar.  

Sara Vargas, da associação nacional de grupos de apoio à adoção, conta que a explicação está em vários fatores. E o principal é o perfil exigido pelas famílias adotantes.  

Para se ter uma ideia, o número de crianças e adolescentes com problemas de saúde ou alguma deficiência, que estão disponíveis para adoção é quatro vezes maior que os perfis que estão de fato em processo de adoção. Cerca de 90% dos adotados não têm nenhum problema de saúde e nenhuma deficiência.