Search
[adsforwp-group id="156022"]

Ocupação de argentinos no Litoral Norte gaúcho é a maior em 15 anos

img_6680_foto_1.jpg

Quem pegou as estradas gaúchas neste verão pode notar muito mais placas pretas de carros argentinos. E isso se reflete em números: nesta temporada, a quantidade de hermanos nas praias gaúchas cresceu em 60% com relação ao veraneio passado, segundo o setor hoteleiro. É a maior ocupação desde 2001.

Alguns fatores nos ajudaram na concorrência desleal com a beleza das praias catarinenses. Alta do dólar, da gasolina e a qualidade da água, que está limpa e morna. Em um dos hotéis pesquisados em Capão da Canoa, dos 68 cafés da manhã servidos nesta segunda-feira, 44 foram para hóspedes argentinos.

Muitos dos que estão vindo pela primeira vez ao Brasil optaram pelo Rio Grande do Sul como primeiro destino. É o caso do professor Cristian Goes, que sempre veraneou em Punta del Este, no Uruguai. Ele afirma que recebeu boas referências do nosso litoral e aprovou.

“Me encantou o clima, as pessoas são muito agradáveis e receptivas. Os preços são convenientes e é tranquilo para os meus filhos. Seguramente vamos voltar no ano que vem”, promete.

No entanto, ainda temos que se melhorar a recepção aos nossos vizinhos. O turista reclamou da má qualidade das estradas e da imprudência dos motoristas. Outro argentino, Carlos Arrechea, que viajou 1.300 km desde Corrientes, sentiu falta de mais sinalização nas rodovias e de informações turísticas.

“A sinalização deixou a desejar. E a falta de cartel, de uma guarita, por exemplo, com informações turísticas. Isso não encontramos aqui”, conta.

O setor hoteleiro garante que já esperava essa demanda e que se preparou para receber os estrangeiros. Conforme a presidente do Sindicato dos Hotéis e Restaurantes do Litoral Norte, Ivone Ferraz, é preciso manter o preço dos hotéis mais baixo do que os de Santa Catarina para segurar esses turistas ao sul do Mampituba.

“Há 15 anos não se vê esse boom turístico de argentinos e também de brasileiros que optaram pelas praias gaúchas em função da alta do dólar e do aumento da gasolina”, diz.

Conforme Ivone, os 16 mil leitos regulares do litoral norte gaúcho já estão ocupados. E há reservas de argentinos para até março.