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Decretada prisão preventiva de taxistas suspeitos de morte no RS

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Foi decretada pela Justiça a prisão preventiva de três taxistas suspeitos de envolvimento na perseguição que terminou na morte de um vendedor ambulante, na madrugada de sábado (16), em Porto Alegre.

Eles foram identificados como Thomas Benfatto Bier, de 28 anos, Dionata dos Santos Abbade, 24 anos, e Jonathan da Silva Garbini, de 25 anos. Eles são considerados foragidos.

Jonathan, conhecido como Gão, seria o dono da arma utilizada para matar Giovane Pereira de Melo, de 35 anos. O suspeito já tinha sido preso em 2015 por tráfico de drogas.

O taxista preso neste domingo (17) por suspeita de participar da perseguição que terminou com a morte de um homem de 35 anos confirmou à polícia que discutiu com a vítima. No entanto, ele negou estar presente no momento em que ocorreu o assassinato.

O crime aconteceu na madrugada de sábado (16) no Morro Santa Tereza, na Zona Sul de Porto Alegre. A vítima, Geovane Pereira de Melo, se envolveu em uma briga de trânsito com um taxista na saída de uma boate no Centro da capital. Depois, foi perseguido por outros profissionais.

Em entrevista por telefone ao G1, o delegado Carlo Butarelli contou que o taxista confirmou em depoimento que foi o pivô da discussão. O suspeito relatou que a discussão foi banal e que começou após ele buzinar para o condutor que andava devagar na Rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro da capital.

“Ele disse que buzinou porque o motorista da camionete andava devagar. Aí, quando eles ficaram com os carros lado a lado, o condutor da Pajero [Melo, a vítima] perguntou o que ele queria. Aí, começaram a discutir e o taxista pediu apoio aos colegas pelo rádio. Quando chegaram outros taxistas, o motorista da Pajero fugiu, batendo nos táxis e dando início à perseguição que só terminou com a morte dele no Morro Santa Tereza. Mas o suspeito disse que não chegou a ir até o morro”, informa o delegado Butarelli.

A polícia agora aguarda as informações sobre a localização do GPS para confirmar a versão. Enquanto isso, o taxista segue preso preventivamente. O táxi que ele dirigia no momento em que foi localizado no domingo chegou a ser apreendido, mas foi devolvido ao dono por não estar envolvido na ocorrência.

Ainda no sábado (16), os donos de dois dos quatro táxis que teriam participado da perseguição entregaram os veículos voluntariamente à polícia após notarem que eles estavam batidos. Segundo o delegado Butarelli, os carros irão passar por perícia para confirmar se as marcas são compatíveis com as encontradas na camionete da vítima.

Outras três pessoas que participaram do crime também já foram identificadas. A polícia pediu a prisão preventiva de duas delas. Uma está foragida. Os nomes dos suspeitos não são divulgados para não atrapalhar as investigações. Eles foram identificados com ajuda de câmeras de segurança e dos aparelhos de GPS, que monitoram por satélite os táxis da capital.

Vítima fugiu em direção a sua casa

Após o desentendimento, um dos taxistas passou a perseguir o carro. No caminho, outros três taxistas se juntaram a ele. O condutor do táxi que colidiu com o carro de Geovane permaneceu no Centro porque estava com um passageiro a bordo. A vítima fugiu em direção à Zona Sul da cidade e subiu no Morro Santa Tereza, onde morava.

“A vítima foi em direção a sua residência, mas o tiraram de dentro do carro e começaram a espancar, até que um taxista puxou uma arma e deu dois tiros”, disse o delegado.

‘É para demolir’, diz irmão

Na manhã seguinte ao crime, o irmão da vítima Gideone Pereira de Melo lamentou o fato. Enquanto concedia entrevista à RBS TV, ele precisou acalmar, pelo telefone, o pai, que recém havia sido informado.

“Uma discussão que começa numa buzinada que leva para a morte. Eu acho que teria que ter uma investigação mais para ver esse tipo de pessoa que está aí para servir a comunidade e acaba fazendo isso”, lamentou o irmão da vítima, Gideoni Pereira de Melo, em entrevista à RBS TV. “É para demolir”, disse Gideoni.

Polícia busca taxistas

Um dos taxistas suspeitos de participar da perseguição que culminou na morte do vendedor foi preso na noite de domingo (17). A polícia chegou até ele depois que o proprietário do táxi desconfiou de uma marca de batida no veículo e fez um boletim de ocorrência.

A Empres Pública de TRansporte e Circulação (EPTC) anunciou na terça-feira (19) uma resolução para regulamentar o afastamento de taxistas que cometem ou cometeram crimes contra a vida, contra o patrimônio público, de cunho sexual, tráfico de drogas e violência doméstica ou familiar, previstos na Lei Maria da Penha.