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Agricultura Orgânica: um negócio que não podemos mais chamar de “alternativo”

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O crescimento do cultivo é expressivo em nível mundial, principalmente em área plantada e oferta de produtos. O comércio tem se expandido a uma taxa média de 20% nos Estados Unidos e 25% na Europa. Em dez anos, a área certificada com produção orgânica nos países da comunidade europeia desenvolveu quase 900%. Isso significa dizer que a área elevou-se de pouco mais de 100.000ha, para quase 1.000.000ha. De acordo com especialistas em extensão rural, políticas governamentais de fomento à pesquisa, produção, certificação e comércio de produtos foram os responsáveis pelo crescimento vertiginoso desta vertente da agricultura ao redor do mundo. Um dos exemplos mais conhecidos é o caso da Suécia, que possui um programa de governo apoiando a meta de conversão de 10% da sua área agrícola total para sistemas orgânicos de produção. Na América do Sul, a Argentina é o país mais avançado na produção orgânica, apresentando uma expressiva evolução em áreas sob certificação.

NO BRASIL

A agricultura orgânica ganha cada vez mais espaço na cadeia agrícola brasileira e na mesa dos brasileiros. Em 2014, ela movimentou cerca de R$ 2 bilhões e a expectativa é que em 2016 este número alcance R$ 2,5 bilhões. Portanto o Brasil está alinhado com o mundo e o mercado nacional de orgânicos espera crescer entre 20% e 25% no ano que vem. Os produtores de orgânicos agregam, em média, 30% a mais no preço quando comparado aos produtos convencionais, embora esta tendência não seja uma regra. A formação de preços depende especialmente do gerenciamento da unidade de produção, do canal de comercialização e da oferta e demanda dos produtos. O que se sabe é que normalmente, os valores dos orgânicos são mais elevados que os dos produtos convencionais por terem uma menor escala de produção, custos de conversão para adequação aos regulamentos e processos de reconhecimento de sua qualidade orgânica. A área de produção orgânica no Brasil abrange 950 mil hectares. O Brasil exporta para mais de 76 países. Os principais produtos exportados são açúcar, mel, oleaginosas, frutas e castanhas.

CERTIFICAÇÃO

A legislação brasileira estabelece que para você certificar sua produção orgânica, as propriedades devem que buscar a certificação por auditoria para poderem utilizar o selo oficial nos seus produtos. O selo é fornecido por organismos de avaliação de conformidade credenciados pelo Ministério da Agricultura. Eles são os responsáveis pelo acompanhamento e fiscalização dos produtos. O governo federal tem estimulado, em parceria com entidades públicas e privadas, a difusão da agricultura orgânica com cursos de capacitação, promoção de feiras orgânicas para o escoamento dos produtos e certificação da produção. A certificação garante a origem e forma produtiva do alimento que chega ao consumidor, atestando que a produção está em harmonia com o meio ambiente.

IMPORTANTE

Considera-se sistema orgânico de produção agropecuária todo aquele em que adotam técnicas específicas, mediante a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica. A maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência da energia não renovável, empregando sempre que possível método cultural, biológico e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, e a proteção do meio ambiente. Ou seja, um produto orgânico está além de protegendo o meio ambiente e contribuindo para o controle direto do efeito estufa, colaborando também para os avanços sociais e ambientais como um todo.