Divulgado nesta sexta-feira (6), pela Secretaria Estadual da Saúde, o boletim semanal de vigilância epidemiológica mostra um aumento no número de mortes por influenza (gripe A) no Rio Grande do Sul. São 36 mortes, sendo 35 por H1N1, e outra por um vírus ainda não especificado.
Do total de vítimas, 27 pacientes estavam no chamado grupo de risco – nove deles tinham mais de 60 anos, cinco eram crianças menores de cinco anos, e os demais possuíam doenças graves. Destes, quatro haviam sido vacinados.
Além dos casos de influenza, houve ainda 49 mortes por gripe no Estado neste ano – 47 sem identificação de origem e duas em investigação. O secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que o avanço da doença preocupa.
“Não esperávamos que hoje, a mais de um mês do início do inverno, tivéssemos esse número de casos. Isso exige uma atenção especial da população com os cuidados básicos para evitar a propagação do vírus”, orienta.
O secretário garantiu que toda população de risco poderá ser vacinada contra a gripe. Um novo lote com 840 mil doses chegou ao Estado ontem. A partir desta sexta-feira, parte das cidades que estavam desabastecidas já poderá retomar a imunização.
Até agora, 61% do público-alvo foi imunizado. O objetivo é atingir ao menos 80% do total, que é de 3,6 milhões de pessoas.
“Tenho convicção de que vamos ultrapassar a meta”, prevê.
O Ministério da Saúde prometeu enviar o último lote de doses na próxima semana. Ainda falta 8% do total de vacinas.
Zika vírus
No boletim divulgado hoje, a Secretaria destacou também o avanço no número de casos de zika vírus. São 27 confirmados, sendo três em Porto Alegre. Os dois mais recentes na Capital são oriundos da Vila Tio Zeca, na zona norte.
O local fica nas imediações da Arena do Grêmio e registrou, até agora, 12 pessoas com sintomas da doença. Além dos dois casos confirmads, outros dois já foram descartadas, e oito ainda estão em investigação.
