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Polícia investiga roubo de máquinas agrícolas em Tapes

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A polícia investiga o roubo de máquinas agrícolas por uma quadrilha que age em propriedades rurais em Tapes, no Sul do Rio Grande do Sul, distante cerca de 100 km de Porto Alegre. Em três meses, foram levados cinco tratores de duas fazendas, localizadas às margens da BR-116.

O primeiro roubo ocorreu em maio, quando três veículos foram levados de uma vez só. A polícia acredita que dois caminhões tenham sido usados no crime. Na última quarta-feira (3), criminosos armados e encapuzados entraram em outra fazenda e levaram dois tratores.

“Buscaram os tratores na lavoura, dois caras armados. Pegaram outro refém aqui e fizeram buscar na lavoura o trator”, conta uma das vítimas, que preferiu não se identificar.

Segundo a polícia, durante os assaltos, a quadrilha rende os funcionários por cerca de dez horas para dar tempo de carregar os tratores e fugir pela rodovia. Em uma das propriedades foram roubados mais de 1 mil litros de óleo diesel e ferramentas.

Uma das vítimas contou que foi amarrada junto com outras duas pessoas que foram colocadas em um quarto e ficaram sendo monitoradas por um homem armado, do lado de fora. “Ele falava com nós: ‘quero ouvir a voz dos três aí dentro’. Aí um gritava, o outro gritava e o outro gritava. (…) Chegou às 7h15, ele bateu na janela e disse: ‘oh, gurizada, estão liberados, se quiserem tentar sair, podem sair”, relata o homem.

Os agricultores da região estão com medo e reclamam da falta de policiais. “Não tenho como ficar aqui. A minha família também não quer que eu fique aqui. Os caras estão abandonando, não tem como (…).” Entre lágrimas, um outro produtor rural lamenta a situação. “Chorando com pena deles aí. E o cara que perdeu o que tem? Isso aí que é brabo. Ninguém faz nada.”

A Polícia Civil apurou que os tratores são levados para o Paraná, onde são revendidos. Um deles foi recuperado no mês passado no estado paranaense.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que não é de sua responsabilidade monitorar o que foi roubado no interior das fazendas. A polícia diz que o tráfico de máquinas entre propriedades é “comum”, e que só faz abordagem nas rodovias quando os casos são denunciados.