O candidato a vereador eleito no pleito do último domingo (02), Marcelo Gouvêa, o Marcelinho (PSB), foi o primeiro novo membro do legislativo a manifestar apoio ao prefeito eleito Ivo de Lima Ferreira (PSDB). Em sua primeira eleição, Marcelinho obteve 710 votos e foi o 10º vereador eleito.
Ivo já conta com o apoio de outros três vereadores de seu partido. Luciano Delfini foi o quarto vereador eleito com 843 votos. Mazinho foi o nono, com 742 votos e a última vaga da Câmara de Vereadores foi ocupada por Mozart, com 544 votos.
Marcelinho concorreu pelo PSB, mas não apoiou o candidato de sua coligação, José Carlos Copes (PT). Contrário à aliança deste o início, Marcelinho buscou apoio na executiva estadual da sigla para desfazer a coligação antes mesmo do início do pleito. O partido decidiu em pôr o tema em pauta para votação, e o “sim” pela aliança com o PT venceu. Marcelinho respeitou a decisão, mas não apoiou o candidato. A decisão de apoiar o candidato vencerdor neste pleito é do candidato, não é a posição oficial da sigla até o momento.
Mesmo com o apoio já manifestado por Marcelinho, Ivo ainda precisa conquistar novos aliados para garantir a maioria na câmara. Com 15 vereadores na “Casa do Povo”, Ivo terá que conquistar apoio de ao menos oito, garantindo maioria.
Apoio na Câmara
Para equilibrar a balança, Ivo deve buscar apoio de outros partidos, como do PDT. A sigla teve um grande crescimento e elegeu três representantes nesta eleição: Professor Claiton Silva, Fabiano Medeiros e Nica.
Mesmo que haja acerto entre PDT e PSDB, Ivo também terá que contar com pelo menos mais um apoio na câmara. Este apoio deve vir naturalmente do jovem PSD, do vereador Éverton Clarão, candidato a vice na chapa de Renato Nogueira (PDT) no último pleito. A sigla elegeu Ivana de Paula como a mais votada deste pleito, com 1174 votos.
Oposição
Assim como nos últimos anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) deve se manter na oposição em Camaquã. Não só pela questão local, mas também pela impossibilidade de uma união entre as siglas em nível nacional. O partido perdeu duas cadeiras, elegendo apenas Marco Longaray neste ano.
O Partido Progressista (PP) também será oposição ao governo Ivo de Lima Ferreira. Derrotado neste pleito, e já está de olho em 2020. Se Robson será o candidato, ainda é cedo para afirmar. Mas a sigla terá protagonismo no próximo pleito. O PP reelegeu Ilson Meireles e o estreante Ronaldinho Renocar.
O PMDB optou por se manter no governo João Carlos Machado, mesmo após negociar com outras siglas uma nova composição para eleição deste ano, o que acabou declinando. O PMDB elegeu os estreantes Claudinho e Mano Martins, além de reeleger Vinícius Araújo.
O PRB de Paulinho Bicicletas também escolheu se manter ao lado do PP nesta eleição. Mesmo que decida mudar de lado no próximo ano, o PRB terá menos poder de barganha, caso Ivo já tenha construído a base com os demais partidos.
Redução de secretarias
Durante o período eleitoral, Ivo Ferreira foi um grande crítico do tamanho da máquina pública local. Ivo se comprometeu em reduzir o número de secretarias, além de afirmar que seu vice Jair Martins assumiria uma pasta, gerando economia aos cofres públicos. Agora eleito, Ivo terá que o compromisso de compor seu secretariado a partir de critérios técnicos, políticos e pessoais, além de conciliar com os interesses da futura nova base aliada.
