Em entrevista ao vivo no programa Primeira Hora desta sexta-feira (06), o presidente da Fundação Assistencial e Beneficente de Camaquã (Funbeca), José Almiro Alencastro, falou sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA). Acompanhado do superintendente da instituição, Antônio Omar Machado, o presidente afirmou haver débitos entre o Estado e o hospital de Camaquã.
“Somos uma empresa privada. Não queremos ajuda, mas sim que paguem pelos serviços que prestamos”, destacou Alencastro. “O pouco que estamos recebendo, é porque ajuizamos ações e garantimos na justiça o pagamento dos repasses”, afirmou o presidente da instituição.
Questionado sobre o atraso de pagamentos de salários, o presidente da Funbeca foi enfático: “Não devemos nada! Funcionários e médicos estão com seus salários em dia”, afirmou. Por outro lado, o superintendente afirmou que para manter estes vencimentos em dia, é necessário atrasar outros pagamentos: “Nós estamos acumulando duas grandes dívidas ao longo de cada mês: a tributária e o fundo de garantia dos funcionários. Sempre que um funcionário sai, quitamos estes débitos”, destacou Machado.
Atualmente a dívida do Governo do Estado deve ao Hospital Nossa Senhora Aparecida um valor de R$ 3,2 milhões, referentes aos meses de março e abril de 2016. O prazo para pagamento referente ao mês de dezembro é nesta sexta-feira (06). Caso o Estado não deposite, a fundação informa a justiça para garantir o pagamento. “A decisão do Poder Judiciário de Camaquã foi pioneira no Estado em deferir liminar em favor do hospital”, afirmou o superintendente. “No mês de novembro a procuradoria (do Governo do Estado) tentou derrubar a liminar, mas perderam”, finalizou.
O HNSA emprega cerca de 400 pessoas, além de outros médicos que prestam serviço a entidade. A folha salarial total gira em torno de R$ 1 milhão. Além de Camaquã, o hospital atende outros 12 municípios da região.