O secretário adjunto da Secretaria da Saúde (SMS) de Camaquã, Luciano Pereira, concedeu uma entrevista ao programa Primeira Hora nesta sexta-feira (03). Luciano assumiu a SMS em janeiro, auxiliando o secretário da nova gestão, João Cassalha Godinho. Na conversa, ele foi indagado sobre as filas para conseguir consultas fisioterapêuticas.
Em resposta, o sub-secretário afirma que a secretaria está trabalhando para que estas filas se extinguam. O primeiro passo foi conseguir negociar com o governo anterior a alteração do dia de marcação de fisioterapias. De segunda, foi para quinta-feira, dia da posse da nova gestão, para que não houvesse contratempos para com os pacientes.
A SMS sofreu algumas alterações: para não haver filas, os pacientes vão até os guichês de atendimento, munidos do cartão do SUS, deixam suas requisições com as atendentes e voltam em um dia estipulado, com a clínica que devem realizar o tratamento, isto para exames laboratoriais.
Segundo Luciano, a enorme fila é algo “cultural” que se repete há sete anos. Ele conta que seu maior desgosto foi passar em frente à secretaria e ver uma fila tão grande, com pessoas sentadas no meio fio da calçada, algumas até com muletas.
No caso das fisioterapias, há a liberação das cotas sempre no primeiro dia útil do mês. Luciano afirma que não há a necessidade de ir no dia anterior para a fila, pois o Estado conta com com 2300 cotas para atendimentos fisioterapêuticos, 700 outras consultas arrecadadas pelo município em clínicas locais, mais 400 atendimentos domiciliais.
Há 1000 cotas para exames laboratoriais e 600 atendimentos de acupuntura. O limite por paciente é de 10 sessões. Luciano ressalta que no final do mês não há mais cotas, mas os pacientes não precisam fazer filas enormes no dia primeiro, pois com certeza haverão consultas no dia seguinte.
O que não pode acontecer, segundo o sub-secretário, é a constante mudança de clínica por parte do paciente, pois o tratamento precisa manter um padrão de clínica e de profissional. Luciano acrescenta que não deve haver o desdém em relação aos profissionais e clínicas da rede pública, pois estes são capacitados e tem procedência para que possa existir um tratamento de qualidade aos que necessitam.
Ainda respondendo às indagações feitas por Fábio Renner, apresentador do Primeira Hora, Luciano afirma não existir a possibilidade de pacientes obterem consultas para fisioterapia somente para atestados, sem possuírem alguma enfermidade, pois todas as requisições possuem prescrição médica.
Ainda não foi realizado pela Secretaria da Saúde um balanço que constate a quantidade de dias em que as cotas para exames e consultas acabam, mas é estudada sua possibilidade. O órgão está trabalhando diariamente para que haja melhorias nos atendimentos.
