A Secretaria do Meio Ambiente (Sema), por meio da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, promove um workshop para mais de cem pesquisadores da área de zoologia, desta quarta (12) até sexta-feira (14), com o intuito de reavaliar a lista de espécies da fauna ameaçada do Estado. Os estudiosos irão se familiarizar com o sistema virtual Live – desenvolvido pela Procergs -, que será abastecido com dados para a formação de uma nova lista de espécies e duas respectivas categorias ameaçadas.
A expectativa é de que o trabalho seja concluído no início 2013, mais de dez anos depois da publicação da lista que apontou 261 espécies que enfrentavam situação de ameaça de extinção, tais como esponjas, moluscos, crustáceos, insetos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
“Um dos pontos mais importantes neste trabalho, além da forma inovadora como ele está sendo conduzido, é que a nossa administração deu ênfase à valorização do conhecimento e da capacidade de cada um dos técnicos envolvidos no processo, sem nenhuma influência política, o que garante a legitimidade da nova listagem”, disse o titular da Sema, Helio Corbellini.
Segundo pesquisador do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN/FZB) Glayson Bencke, uma lista de espécies ameaçadas de extinção serve como um termômetro do ambiente de determinada região. “Se temos muitas espécies ameaçadas quer dizer que o ambiente natural foi muito degradado, convertido ou eliminado”, disse. “A lista serve de instrumento para gerenciar a biodiversidade”, completa a diretora do MCN/FZB, Simone Mirapalhete.
Em dezembro, será feito o segundo workshop para a conclusão dos trabalhos e validação da lista, incluindo a disponibilização para consulta pública.
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22 de setembro de 2024
