O consumo de álcool tem se expandido no país. Prova disso é que um homem morre a cada dez minutos no Brasil em razão do consumo de álcool, de acordo com dados coletados junto ao Ministério da Saúde pelo Centro de Informações Sobre Saúde Álcool.
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A alta mortalidade acontece segundo o psiquiatra Fábio Gomes de Matos, do Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC, porque não existe no país uma política com relação ao álcool, como existe com relação a nicotina:
“Nós não podemos fazer propaganda de destilados na televisão, nem no rádio, nem na imprensa. Porque destilados tem 40% de álcool. Mas nós podemos fazer propaganda de cervejas que tem a 4,5 a 5% de álcool. Ora, mas se eu tomo dez cervejas, dá os 40% de álcool que tem em um destilado. E o mais absurdo é que a gente permite que a Copa do Mundo, que é um evento esportivo e que se um jogador usar álcool, ele é detectado e ele prejudica o time porque o time perde os pontos se ele usar álcool, entretanto o álcool é muito vendido em estádios. A gente foi contra essa liberação de álcool aqui no estado do Ceará fomos à Assembleia, mas infelizmente os deputados não concordaram em preservar a saúde da população.”
O álcool agride o organismo humano em todos os aspectos. Com relação ao tubo digestivo ele causa gastrite, cirrose, entre outras graves doenças. Ele também causa sérios danos ao cérebro, como explica o médico Fábio Gomes de Matos:
“As pessoas ficam demenciadas com o uso de álcool, ficam com falta de memória e preenche isso com as histórias que obviamente são fantásticas. A pele fica absolutamente detonada, especialmente porque o é uma substância de energia vazia, ela não tem vitaminas. e uma das questões fundamentais do álcool, que é muito causador de problema, é exatamente a associação do uso de álcool com a deficiência de vitaminas do complexo B.”
Mas será que existe um consumo diário de álcool que não agrida tanto o organismo? O médico Fábio Gomes de Matos diz que sim, acrescentando que é aquele que o organismo consegue digerir. O psiquiatra Fábio Gomes de Matos destaca alguns fatores que caracterizam o alcoolismo, entre eles o controle do ato de beber, restrição do repositório de lazer por não haver bebida no ambiente e dificuldades para conseguir parar todas as vezes que começa a beber.
