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“A gente trouxe a escola para dentro de casa”, diz vice-presidente do CPERS

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O professor Alex Saratt, vice-presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), concedeu nesta manhã de quinta-feira (11), entrevista para a Rádio Acústica FM e falou da retomada obrigatória das aulas presenciais, capacitação digital e redução de recursos estruturais foram alguns dos temas discutidos nesta manhã.

De acordo com o vice-presidente, no ápice da pandemia de Covid-19 e a falta de adequação as tecnologias, somaram para a educação pública sofrer um desequilíbrio. De acordo com ele, muitos professores não possuem capacitação digital, o que ocasionou esse déficit de transmissão de ensino.

“- O sindicato há muito tempo vinha pautando essa questão, porque percebia que as mudanças são inerentes ao desenvolvimento humano, social e econômico. Quanto a isso nunca houve um desenvolvimento e uma política programada para isto. A ocorrência da pandemia e o desnorteamento com a duração, criou uma situação surpreendente e colocou muito claramente os limites e os problemas da educação pública”. disse Alex.

O professor também pontuou que junto a falta de capacitação profissional, um outro fator se somou a queda no ensino por parte dos educandos. Em muitos casos, alguns alunos assumiram os afazeres do lar, enquanto os pais trabalham ou até se tornaram chefes de família devido à perda dos responsáveis pela pandemia.

Questionado sobre alguns auxílios que o CPERS recebeu do governo (alimentação e transporte), que foram colocados em folha e que agora por ordem do Tribunal de Contas o governo quer restituição dos valores, Alex explicou.

 “- Sobre o vale-transporte ingressamos com uma ação na justiça, requisitando o não desconto. Isto traz prejuízos. Porque as pessoas utilizaram estes recursos para suprir outras demandas, porque a gente trouxe a escola para dentro de casa. A aquisição de equipamentos, a contratação de uma internet melhor. Uma série de gastos”. 

Saratt também explicou que foram entregues projetos para a Casa Civil e a Assembleia Legislativa solicitando o ressarcimento dos profissionais, no que tange ao investimento em recursos par a manutenção de aulas.

Para o retorno obrigatório o vice-presidente explicou que o CPERS está com uma pesquisa solicitando que as escolas informem as condições atuais, se possuem estrutura adequada para o retorno obrigatório. Pois de acordo com o docente o protocolo sanitário expedido pelo Estado é um documento muito rigoroso e muitas escolas não possuem condições estruturais para atender as normas. O professor ainda enfatiza que faltando 40 dias para  encerrar o ano letivo, um retorno obrigatório não trará nenhum resultado diferenciado.