A falta de chuva já fez com que 14 cidades decretassem situação de emergência no Rio Grande do Sul. Os prejuízos são estimados em R$ 250 milhões, conforme a Defesa Civil. A situação fez com que agricultores da cidade de Cristal buscassem na fé uma saída para a seca.
Na noite de quarta-feira (14) eles se reuniram na praça da cidade de 7 mil habitantes para rezar pedindo a mesma coisa: chuva.
“É o momento da cidade parar e se sensibilizar com aqueles que estão sofrendo com a seca, e também estar buscando Deus, a direção dele, não só conforto, mas também orientação para esse momento”, afirmava o pastor Renato Reinheimer.
A seca já afeta a produção agrícola desde novembro do ano passado, quando foram registradas as últimas chuvas.
No mês de janeiro, por exemplo, a chuva gerou acumulado de 27 milímetros, valor bem abaixo da média histórica de 130 mm que é a prevista para o mês.
Poços artesianos foram abertos de forma emergencial para abastecer as famílias, e também para os animais. Mas a solução não atende os problemas nas lavouras, que se perdem com a falta de chuva.
O agricultor Wilson Antunes produz soja, uma da culturas mais afetadas pela estiagem. Mesmo apelando para a fé, ele já sabe que a produtividade desde ano está comprometida.
“Se continuar assim, e não tiver mais chuva, talvez 50%, 60% é o que a gente conseguiria colher, mas vai depender do tempo daqui para frente”, afirma Antunes.
A falta de chuva faz com que plantas, que deveriam estar com um metro de altura, não cheguem nem perto disso.
A cidade de Cristal foi a primeira a decretar situação de emergência. As perdas na localidade chegam a R$ 30 milhões, e nem a chuva registrada no final de semana mudou o cenário.
Outros 13 municípios também emitiram o decreto de situação de emergência, ou estão com com a documentação sob análise. São eles:
Amaral Ferrador
Morro Redondo
Pedras Altas
Canguçu
Arroio Do Padre
Turuçu
Cerrito
Camaquã
Herval
Chuvisca
Piratini
Pinheiro Machado
São Lourenço Do Sul