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Alteração no sentido do vento pode levar óleo para a praia

A previsão de chegada de um vento Sul no Rio Grande do Sul preocupa especialistas em relação a direção que podem tomar os 2,5 mil litros de petróleo ainda na noite desta quinta-feira. Durante todo o dia, o vento Oeste manteve a mancha distante da praia, mas a mudança poderá jogar o óleo para a faixa de areia, lugar considerado de difícil recuperação.

“A imagem mostra que o vento Noroeste está atirando a mancha para o mar. No fim desta quinta-feira, deve entrar um Sul ou Sudoeste, o que é perigoso. Enquanto estiver Oeste ou Noroeste, ela irá se deslocar para o Sul e para mar aberto. Com o Sul, ela será jogada para o Norte e para a costa. No dia 8, deve ocorrer uma calmaria e depois um Nordestão. As correntes são muito fracas e não influenciam. A preocupação é o vento Sul”, explicou o professor de Oceanografia Física da FURG, Osmar Olinto Möller Júnior.

O oceanógrafo, com PhD em oceanografia física e metorologia, Ivan Dias Soares, do Instituto Atlantis para o Desenvolvimento da Ciência, considera o derramamento pequeno, mas que pode causar problemas graves, dependendo da direção do vento. Soares alerta que dificilmente boias de contenção ou bombas de sucção farão efeito, já que 2,5 mil litros foram parar no mar.

 

Danos à vida marinha

Segundo o oceanógrafo, se o material chegar até a beira da praia, será muito difícil recuperar a vida do local. Além da retirada ser extremamento difícil. “A quantidade é pequena e boa parte deve absorvida pelo oceano. Dependendo dos ventos, pode chegar na praia, o que poderá devastar a fauna da areia. Além disso, a recuperação é demorada”, afirmou.

Mas há graves danos mesmo se a mancha permanecer no mar, advertiu Soares: “Se ficar no mar, ficará em uma pequena camada e pode matar peixes, tartarugas e mães d’água que, posteriormente, poderão contaminar toda a cadeia alimentar”.