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Anvisa proíbe uso de substância encontrada em alimentos para animais

Foto: Ilustração | Pixabay
Foto: Ilustração | Pixabay

A Anvisa proibiu que lotes da substância encontrada em alimentos para animais, que já provocaram a morte de mais de cem cães, seja usada em alimentos para humanos. Fabricados por uma empresa de Guarulhos, em São Paulo, nos petiscos analisados pelo Ministério da Agricultura foi encontrada a substância etilenoglicol, que é altamente tóxica.


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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recolheu dois lotes do produto propilenoglicol, da empresa Tecno Clean. Na indústria de alimentos, esse produto é usado como espessante e conservante.

Mas análises do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento detectaram a contaminação por etilenoglicol nos petiscos para cães fabricados com propilenoglicol. O etilenoglicol é um produto químico corrosivo, altamente tóxico, que causa insuficiência renal e hepática. A ingestão é considerada urgência médica e pode matar.

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A análise do produto foi feita durante a investigação das mortes de vários cães em todo país. Em comum, os animais tinham consumido petiscos caninos contaminados com etilenoglicol.

Durante a investigação, o Ministério da Agricultura identificou a possibilidade de o ingrediente contaminado ter sido distribuído também para fábricas de alimentos de uso humano. Por isso a Anvisa decidiu recolher e proibir a comercialização dos dois lotes do produto.

A orientação da Anvisa é de que empresas que tenham adquirido estes lotes não usem o produto e entrem em contato com o fabricante para a substituição e a devolução.

Nós tentamos entrar em contato com a Tecno Clean, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, mas não tivemos retorno. No site, a empresa se identifica como indústria que produz glicerina bidestilada, usada para fabricar vernizes, lubrificantes, plásticos e corantes, entre outros.

Segundo um grupo de tutores de animais que se organizou para tentar localizar vítimas dos petiscos contaminados, já passa de 100 o número de cães suspeitos de terem morrido depois de comer o alimento produzido por uma fábrica em Guarulhos, a Bassar. Em nota, a Bassar confirmou que a análise dos petiscos mostrou a contaminação por etilenoglicol em um lote de matéria-prima enviada por um de seus fornecedores. Mas a nota não informa o nome da empresa.