Está proibida a venda de mais um lote de extrato de tomate da Heinz, com pelo de roedor acima do limite. A resolução está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O laudo é do laboratório de Minas Gerais:
“apresentou resultado insatisfatório ao detectar matéria estranha indicativa de risco à saúde humana, pelo de roedor, acima do limite máximo de tolerância pela legislação vigente”
A Anvisa proíbe a distribuição e comercialização do lote L. 11 07:35 do extrato de tomate da marca Quero. É produzido por Heinz Brasil S.A, na fábrica que fica em Nerópolis (GO). A empresa tem que recolher o estoque que já está no mercado.
Acima do limite? Entenda:
Há limites para materiais estranhos em alguns alimentos. Vão de pelos a insetos inteiros. Acima dessa tolerância que a Anvisa considera prejudicial à saúde.
O limite foi estabelecido por legislação de 2014. Os fragmentos não podem ser vistos a olho nu. Até então, não eram tolerados pela Anvisa.
Na época da norma que implementou os limites, a Anvisa alegou que era inviável muitas vezes eliminar todos os fragmentos. Exemplos de produtos que permitem, até um limite, a presença de matérias estranhas:
Molhos, purês e extratos de tomate: um fragmento de pelo para cada 100 gramas
Geleias de frutas: 25 fragmentos de insetos para cada 100 gramas
Café torrado e moído: 60 fragmentos de insetos para cada 25 gramas
Chá de camomila: cinco insetos inteiros mortos para cada 25 gramas
Canela em pó: um fragmento de pelo de roedor para cada 50 gramas
Chocolate e achocolatados: um fragmento de pelo de roedor para cada 100 gramas
Orégano: 20 fragmentos em 10 gramas
No caso de insetos, não vale moscas, baratas ou formigas, por exemplo. Anvisa considera que estes trazem riscos à saúde.