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APEC promove caminhada de Conscientização ao Autismo em Camaquã

Foto: Fábio Renner/Acústica FM
Foto: Fábio Renner/Acústica FM

A Associação de Pais Especiais de Camaquã (APEC) promove neste sábado (29) mais uma edição da caminhada de Conscientização ao Autismo, Inclusão Social e Acessibilidade. O evento que espera a participação da comunidade, iniciará às 9h em frente a Praça Donário Lopes. 

Em entrevista na manhã desta terça-feira (25), a presidente da APEC, Gisa Brose, detalhou a importância da adesão da população contra a invisibilidade e pré-julgamentos: “hoje são 79 núcleos familiares que contém uma pessoa com autismo e encontram dificuldade pela desassistência”, explica. 


O tema desta campanha é: “mais informação e menos preconceito”. Apesar do desenvolvimento da ciência para identificar sinais de autismo em crianças, o sistema de políticas públicas ainda é precário.


Na praça, haverá entrega de materiais de divulgação em busca de novos sócios e apoiadores. Informações podem ser obtidas pelo telefone 991777650 ou pelas redes sociais APEC Camaquã. 

Como funciona o atendimento em Camaquã?


O responsável da criança que identificar sinais de autismo, deve procurar inicialmente um posto de saúde para consultar um pediatra. O atendimento inicial será com o médico clínico geral que encaminha para o pediatra, na sequência haverá uma solicitação para atendimento para Porto Alegre, pois segundo a presidente, Camaquã não tem neuropediatra para realizar análise. 


O diagnóstico é realizado em conjunto com diversos profissionais, entre eles o neuropediatra, psicopedagogo para crianças mais velhas e psicólogos. O laudo é dado pela neuropediatra. 

Confira a entrevista na íntegra:

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Sinais de autismo segundo o Ministério da Saúde:

O Transtorno de Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico, todas relacionadas com dificuldade no relacionamento social. O Ministério da Saúde alerta que os sinais do neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, com o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência do distúrbio é maior no sexo masculino.

Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum) porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, em uma graduação que vai da mais leve à mais grave. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA, o encaminhamento para intervenções comportamentais e o apoio educacional na idade mais precoce possível podem levar a melhores resultados a longo prazo.

A etiologia do Transtorno do Espectro Autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais.

Tipos de Autismo

De acordo com o quadro clínico, o TEA pode ser classificado em:

  • Autismo clássico
    O grau de comprometimento pode variar muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente e conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e aprendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante.

  • Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger)
    Os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes, que chegam a ser confundidos com gênios porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal.

  • Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE)
    Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil. 

Tratamento no SUS

Pessoas com TEA apresentam necessidades básicas e devem ser acolhidas, de preferência, inicialmente nas Unidades Básicas de Saúde. Contudo, devido à complexidade que envolve o TEA, parte dos cuidados em saúde poderão ser realizados nos ambulatórios especializados e Centros Especializados de Reabilitação (CERs), por exemplo, conforme as necessidades específicas de cada indivíduo.

Os tratamentos ofertados pelo CER compreendem a avaliação multiprofissional, o acompanhamento em reabilitação intelectual, bem como orientações para uso funcional de Tecnologia Assistiva.

A avaliação multiprofissional é realizada por uma equipe composta por médico psiquiatra ou neurologista e profissionais da área de reabilitação para determinar o impacto e as repercussões no desenvolvimento global do indivíduo e a finalidade do processo terapêutico, a fim de estabelecer um Projeto Terapêutico Singular. O PTS é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, individuais ou coletivas, que resultam da discussão de uma equipe interdisciplinar.

Atualmente, o SUS conta com 274 Centros Especializados em Reabilitação habilitados e 47 oficinas ortopédicas em 26 estados e no Distrito Federal, além de 237 serviços de reabilitação habilitados em uma única modalidade.
Com apoio do texto de 
Karol Ribeiro do Ministério da Saúde.