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Ascribu realiza 2ª Mostra Nacional do Queijo de Búfalas na Expointer

Foto: Nestor Tipa Júnior / AgroEffective
Foto: Nestor Tipa Júnior / AgroEffective

Doze laticínios brasileiros estiveram representados na
Mostra Nacional do Queijo de Búfalas
, realizada nesta quarta-feira, 31 de
agosto, na 45ª Expointer. O evento, realizado pela Associação Sulina de
Criadores de Búfalos (Ascribu), também serviu para o lançamento da primeira
burrata gaúcha, feita com o leite produzido pelo rebanho local.

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Conforme a presidente da Ascribu, Desireé Möller, a Mostra
celebra o crescimento da produção de leite no Brasil – da ordem de 549% em 10
anos -, e colabora na divulgação dos diversos produtos feitos a partir dessa
matéria-prima. “Grande parte das pessoas já conhece nossos queijos, mas não
sabe da diversidade. Acreditam que é só a muçarela bolinha ou a burrata, mas
temos requeijão, ricota, manteiga, queijos de maturação longas, defumados”,
enumera Desireé.

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Além de excelentes propriedades naturais (como quantidade de
proteínas e sais minerais), o leite de búfala tem 48% mais teor de sólidos que
o leite de vaca, o que facilita a produção de derivados com menos
matéria-prima. Além disso, seu gosto suave e adocicado é presente nos queijos e
demais produtos, cada vez mais apreciados por consumidores. “Os produtos têm
uma cremosidade muito saborosa, muito gostosa”, elogia Felipe Signor, diretor
comercial da Laticínios Kronhardt, empresa que produz a primeira burrata
gaúcha.

O executivo conta que a comercialização começou há cerca de
20 dias, sendo vendido principalmente para restaurantes, como cantinas
italianas, pizzarias, parrilleras e estabelecimentos parceiros, como a banca 43
do Mercado Público. A produção inicial é de 300 a 400 burratas por semana, mas,
conforme Signor, a demanda do mercado gastronômico é cada vez mais elevada. “As
cantinas italianas estão comercializando, as parrilleras usam o produto na
salada e a pizza com muçarela de búfala é um sucesso. As pizzarias napolitanas
de Porto Alegre estão crescendo porque o consumidor está reconhecendo o
diferencial do queijo de búfala”, acrescenta Signor.

A informação é corroborada pelo presidente da Associação
Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB), Caio Rossato, que participou da
Mostra, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Ele
afirma que o interesse do consumidor tem sido fator de fomento para a bubalinocultura.
“Quem acompanha o mercado há mais de 20 anos observa que a cada dia surgem mais
laticínios e mais produtores de leite de búfala para fornecer para essas
indústrias. O consumidor busca derivados lácteos de búfala devido a suas
características nutricionais e a saudabilidade do produto, um nicho de
consumidor que realmente está preocupado com a saúde”, afirma, acrescentando
que a equiparação de preços com os derivados bovinos ampliou o acesso dos
brasileiros aos derivados.

Atualmente, o Brasil tem mais de 300 laticínios que
processam o leite de búfala, e 17 mil criadores administrando um rebanho de
dois milhões de animais. Rossato adverte que há espaço para crescimento e
conclama pecuaristas e agricultores a investir na bubalinocultura. “Eles devem
olhar o mercado do búfalo como alternativa de pecuária em nosso país. Hoje,
conseguimos observar o nível de tecnologia envolvido na produtividade do búfalo
e a grande demanda por produtos derivados de leite e carne. Então que os
pecuaristas e agricultores pesquisem e se informem sobre essa atividade, que é
extremamente rentável”, convida o presidente da ABCB.

Texto: Tatiana Py Dutra / AgroEffective