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Ato contra desmonte do ensino superior bloqueia acessos da Ufrgs

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A sede da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), no centro de Porto Alegre, amanheceu nesta terça-feira com bloqueios nos principais portões e em frente à reitoria. As faixas de greve foram colocadas junto às grades e, alguns funcionários e estudantes tiveram dificuldade em acesso o campus por conta de uma mobilização contra o desmonte do ensino superior no País. Porém, depois o acesso foi liberado por uma das entradas. Mesmo assim, um grupo permaneceu bloqueando as portas da reitoria. Durante parte da manhã, as entradas pela avenida Sarmento Leite ainda estavam bloqueadas, inclusive de estacionamento.

O ato integrou o dia Nacional de Lutas nas Universidades, que envolveu a Ufrgs, a UFCSPA e IFRS e foi promovido pelos técnicos-administrativos das Instituições Federais de Ensino Superior. A data faz parte da agenda de lutas da Fasubra – Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas Federais.

Segundo uma das coordenadoras da Assufrgs (Sindicato dos Técnico-Administrativos da Ufrgs, UFCSPA e IFRS), Mariane Quadros, há a previsão de que sem a liberação mínima de recursos alguns campus poderiam fechar e muitas não tem dinheiro nem de pagar os custos básicos. “Nos preocupa esse desmonte que está acontecendo por dentro das universidades. Queremos manter essas estruturas das universidades funcionando”, alertou. Ela lembrou que já há uma limitação de recursos e as previsões não são otimistas, uma vez que existe a possibilidade de maiores reduções.

Os profissionais articulam ainda uma série de outras atividades de mobilização. O ato também vai contra às mudanças que atingem o plano de carreira dos técnico-administrativos, como um teto inicial mínimo de R$ 2,8 mil para cargos de nível médio e R$ 5 mil para nível superior, o fim do incentivo a qualificação e da capacitação e o congelamento de salários e benefícios.

Segundo a Assufrgs, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação teve corte de 44% nos repasses, afetando o futuro da pesquisa brasileira, enquanto o Ministério da Educação sofreu corte orçamentário de R$ 4,3 bilhões. A reitoria da Ufrgs ainda não se manifestou sobre o impacto da manifestação nas atividades da universidade.