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Ator Paulo Gustavo piora da Covid-19 e precisa de pulmões e coração artificiais

A assessoria do ator Paulo Gustavo, internado com Covid-19 desde 13 de março, informou nesta sexta-feira (2), que o artista teve que passar a fazer um tratamento por ECMO – técnica de Oxigenação por Membrana Extracorpórea.

Ele estava intubado desde o dia 21 de março e, após apresentar sinais de melhora na última semana, teve um agravamento no quadro clínico, sendo necessário dar início ao novo tratamento.

“Optamos pelo início da terapia coadjuvante com ECMO, com o objetivo de permitir uma melhor recuperação da função pulmonar. Após o agravamento ocorrido, a situação permanece estável nas últimas horas”, informou a equipe médica que trata de Paulo Gustavo.

“Internado desde 13 de março, Paulo Gustavo precisou passar por reajustes terapêuticos para combate à Covid-19. Em ventilação mecânica desde domingo (21), no Rio de Janeiro, o ator chegou a apresentar sinais de melhora, mas devido ao agravamento do quadro clínico, teve que evoluir à terapia por ECMO – Oxigenação por Membrana Extracorpórea. Paulo Gustavo segue em terapia intensiva. A equipe médica informa que: “Optamos pelo início da terapia coadjuvante com ECMO, com o objetivo de permitir uma melhor recuperação da função pulmonar. Após o agravamento ocorrido, a situação permanece estável nas últimas horas.” A família do ator segue agradecendo aos fãs pelo carinho e pede que continuem a enviar boas energias e orações para sua recuperação e para de todos os que se encontram na mesma situação.”

Após a divulgação do quadro clínico do ator, o seu companheiro, Thales Bretas, se pronunciou em rede social.

O que é ECMO – Oxigenação por Membrana Extracorpórea

A ECMO funciona como pulmões e coração artificiais em pacientes que estão com os órgãos comprometidos e tem sido utilizado em casos graves de pacientes com covid-19. Enquanto os respiradores auxiliam em fornecer mais oxigênio para os pacientes, a ECMO serve como um segundo pulmão, para que a pessoa tenha maiores condições clínicas para a recuperação.

A ECMO usa uma bomba para fazer circular o sangue por de um pulmão artificial fora do corpo, regressando depois à corrente sanguínea.

Entre as condições mais comuns que podem necessitar de ECMO estão casos de pneumonia grave, hérnia diafragmática congénita, doenças cardíacas congénitas, síndrome de aspiração de mecónio, pressão arterial muito elevada nas artérias dos pulmões e durante o recobro de uma cirurgia cardíaca. O tratamento é uma técnica complexa, de alto risco e custo elevado. Entre as possíveis complicações estão hemorragias, formação de coágulos sanguíneos e infeções.

ECMO em pacientes com Covid-19

Algumas organizações de saúde recomendam o uso de suporte de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) em pacientes com insuficiência respiratória aguda relacionada à Covid-19. Porém, não existem evidências robustas sobre benefícios nestes pacientes.

Um estudo publicado no periódico Lancet, usou dados do Registro da Organização de Suporte à Vida Extracorpórea (ELSO) para avaliar os desfechos de pacientes com 16 anos ou mais, positivos para Covid-19, que fizeram uso do ECMO. Os dados foram levantados em 213 hospitais, em 36 países.

A taxa de mortalidade em pacientes em uso de ECMO foi menor que 40%, porém não há uma comparação com aqueles que não utilizaram. Sendo assim, são necessários estudos controlados e randomizados para entender a real eficácia desse tipo de suporte em pacientes hospitalizados com Covid-19.