O Rio Grande do Sul observa um aumento de casos de coqueluche, com picos de circulação a cada três a cinco anos. Em entrevista na manhã desta segunda-feira (09), a especialista em saúde, Lara Crescente, detalha a atuação do Estado no combate a coqueluche, Lara Crescente.
Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!
Conforme a especialista, o final da primavera e o início do verão são períodos que historicamente apresentam um aumento na notificação de casos da doença. A prevenção por meio de vacinação é fundamental para prevenir a coqueluche e, atualmente, o Brasil não conseguiu atingir a meta de 95% de vacinação da população-alvo nos últimos cinco anos.
O esquema vacinal preconizado inclui a vacina pentavalente aos dois e seis meses, seguidas por reforços com a vacina tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses e aos 4 anos. Há uma preocupação crescente com a população suscetível devido ao baixo índice de vacinação, que contribui para a disseminação da doença.
Os sintomas da doença incluem crises de tosse intensas, que podem levar a vômitos e, em crianças menores, uma tonalidade roxa na pele devido à oxigenação insuficiente. Um dos sinais característicos é um esforço ao tentar puxar o ar após os ataques de tosse.
A evolução da doença é arrastada, começando com uma fase catarral que pode durar de uma a duas semanas, seguida por ataques de tosse que persistem de duas a seis semanas, podendo evoluir para uma tosse persistente por até três meses.
Suspeita de Coqueluche
Em casos suspeitos de coqueluche, o Ministério da Saúde instituiu a profilaxia com antibióticos para pessoas que residem no mesmo domicílio e estão em maior risco de desenvolver a doença. A vigilância em escolas também é essencial, pois a coqueluche é uma doença respiratória transmissível, e a identificação precoce de casos pode ajudar a prevenir surtos.