Search
[adsforwp-group id="156022"]

Beyoncé causa alvoroço nos EUA com postura engajada no Superbowl

img_6987_foto_1.jpg

A apresentação de Beyoncé no show de intervalo do Superbowl 50 deu o que falar. A cantora americana fugiu do repertório “mainstream” habitual, dando lugar a críticas veladas contra a violência policial e a referências aos Panteras Negras, movimento radical de luta pelos direitos civis. 

Na noite de domingo, diante de 111,9 milhões de telespectadores nos Estados Unidos – a terceira maior audiência da história da TV americana -, a estrela cantou sua nova música “Formation”, lançada na véspera, para a surpresa de todos. 

Suas dançarinas usavam boinas pretas e erguiam o punho, como membros dos “Black Panthers”. Além disso, fizeram uma coreografia na qual formavam um X, possível referência ao líder negro Malcom X, no gramado do Levi’s Stadium de Santa Monica, palco da finalíssima do futebol americano. 

Beyoncé deveria ter sido apenas a coadjuvante do show comandado pela banda britânica Coldplay, aparecendo nos minutos finais ao lado de Bruno Mars, mas acabou roubando a cena, usando um figurino inspirado em Michael Jackson. 

Amplamente divulgado na Internet, o clipe da nova música denuncia a forma como a população negra de Nova Orleans sofreu com as consequências do furacão Katrina, em 2005. As letras também criticam a violência policial e enaltecem a beleza negra e a cultura afro-americana. 

A diva pop de 34 anos, que, ao lado do marido, o rapper e produtor Jay-Z, comanda um império musical avaliado em um bilhão de dólares, nunca tinha ido tão longe no engajamento político. Nos últimos anos, ela chegou até a dar uma guinada feminista, mas sua carreira foi construída em cima de hits mais comerciais, que celebram o amor, o glamour e a ostentação.