O café é uma das bebidas preferidas no Brasil e em muitos outros países. Nos últimos anos, a produção de café enfrentou desafios, mas o café brasileiro tem se destacado por sua qualidade, resultando em um aumento nas exportações.
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A Associação Brasileira do Café (ABIC), fundada em 1973, tem trabalhado para mostrar ao consumidor as qualidades dos cafés brasileiros, o que contribui para melhorar sua imagem no exterior. A associação reúne diversas indústrias do setor, incluindo pequenos, médios e grandes produtores.
A ABIC implementou um selo de pureza em 1989 para combater a fraude no café, que era alarmante, com mais de 30% dos cafés nas prateleiras sendo impuros. Esse selo ajudou a aumentar o consumo per capita de café no Brasil, passando de 2 kg por pessoa para mais de 6 kg, enquanto a fraude foi reduzida para menos de 1%, relatou o presidente da ABIC, Pavel Cardozo, em entrevista ao programa Primeira Hora desta terça-feira (14).
“A ABIC audita todo o processo produtivo do café, garantindo a qualidade e segurança para o consumidor”, destacou Cardozo.
Conforme Cardozo, a ABIC realiza uma extensa auditoria, com mais de 6.000 coletas anuais de amostras para assegurar que a qualidade do café corresponda às normas estabelecidas. A regulamentação do setor de café foi consolidada em 2023, trazendo novas responsabilidades para o mercado, incluindo a garantia de que produtos certificados atendem a rigorosos padrões de qualidade.
Segmentação e certificações no mercado de café
O Brasil é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos. A segmentação e categorização das certificações de café foram estabelecidas para fornecer clareza ao consumidor sobre o que está comprando e consumindo.
“O café está presente em 98% dos lares brasileiros, refletindo sua natureza democrática”, afirma Cardozo.
A Associação Brasileira da Indústria de Café busca promover a conscientização do consumidor em relação às diferentes preferências de sabor, desde cafés mais fortes até os mais suaves. A ABIC está investindo em certificações rigorosas para que os consumidores saibam exatamente o que estão consumindo, diferentemente de outros produtos que podem causar confusão devido à mudança de embalagens.
Benefícios do café para a saúde
O café ganhou destaque significativo na década de 80 e 90 devido à colaboração entre a ABIC e o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), resultando em estudos que confirmam seus benefícios para a saúde. Por meio de uma parceria com a Universidade de Vanderbilt, os pesquisadores identificaram que o café tem uma quantidade expressiva de compostos benéficos.
As investigações revelaram a presença de substâncias como ácidos clorogênicos e potássio, que atuam como repositoras energéticas, superando até mesmo os tradicionais isotônicos em termos de eficácia por mililitro. Essa riqueza calórica do café, que conta com mais de 1000 aromas diferentes, demonstra seu valor sensorial e suas propriedades associadas à saúde.
Além disso, a relação do café com o metabolismo humano é diversa. Enquanto algumas pessoas preferem consumi-lo pela manhã, outras conseguem apreciá-lo à noite sem prejuízos ao sono. Há relatos de que o café pode ser benéfico mesmo antes de dormir, dependendo do metabolismo individual.
A importância da qualidade do café
A produção de café envolve um processo cuidadoso, onde o produtor tem apenas uma oportunidade por ano para realizar a colheita. Por isso, é essencial que a indústria se esforce em garantir que cada xícara servida ao consumidor brasileiro mantenha a qualidade superior.
“A colheita do café é uma chance única, e devemos sempre priorizar a qualidade”, enfatizou o presidente da ABIC.
O uso de café na gastronomia também é notável, incluindo inovações que envolvem a comercialização de bebidas e sobremesas à base de café. O desenvolvimento de drinks e sobremesas, como o café gelado e tortas de café, evidencia a versatilidade do ingrediente.
