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Política

Caiado defende que direita apresente várias opções de candidatos para eleição presidencial

Governador de Goiás se coloca como postulante ao Planalto em 2026 pelo União Brasil

Em entrevista coletiva antes do “Tá na Mesa” da Federasul, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defendeu que todos os pré-candidatos da direita e do centro devam concorrer no primeiro turno da eleição para presidente da República, em 2026.

Caiado foi o palestrante do "Tá na Mesa" da Federasul. Foto: Airton Lemos

Ao reafirmar que é postulante ao Planalto, reconheceu que ainda é pouco conhecido nacionalmente. Segundo o governante, 76% da população não o conhece.

Na avaliação do chefe do Executivo goiano, governadores que vão colocar o nome à disposição para o pleito precisam realizar campanhas separadas e buscarem a convergência em um eventual segundo turno.

Conforme Caiado, o ex-presidente Jair Bolsonaro orientou que ele e os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), se apresentem para a disputa.

“Todos estarão no primeiro turno; depois, haverá convergência com quem for para o segundo turno. Não cabe a um pré-candidato ficar escolhendo quem vai sair pelos outros partidos. Bolsonaro nos disse: ‘Vocês caminhem. Também vou levar minha campanha, e decidiremos lá na frente’” — declarou Caiado.

Questionado pela Acústica FM se poderia apoiar o governador Eduardo Leite (PSD), Caiado reforçou que cada partido vai ter sua candidatura própria ainda na primeira etapa da eleição.

“Eu tenho o meu partido, e o governador Eduardo Leite tem o dele. Não há por que falar em convergência se cada partido vai buscar a sua candidatura. Todos os governadores em final de mandato são pré-candidatos. Essa é a beleza do primeiro turno” — sinalizou.

Na conversar com os jornalistas,  Ronaldo Caiado disse que vai resgatar um presidencialismo forte para conter os poderes do Legislativo, mesmo o União Brasil, seu partido tendo uma das maiores bancadas do congresso

Tá na Mesa com Caiado

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi o convidado desta quarta-feira (11) do Tá na Mesa, evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Durante sua participação, Caiado fez duras críticas à política econômica do governo federal e anunciou que seu partido adotará uma posição firme contra qualquer novo aumento de tributos no país.

“A irresponsabilidade fiscal do governo central tem pressionado o bolso do cidadão. Já são 25 aumentos de carga tributária em dois anos e meio. Isso é inaceitável”, criticou.

O governador anunciou que o União Brasil realizará ainda nesta quarta-feira um ato no Salão Verde do Congresso Nacional para declarar publicamente que a legenda não apoiará novas medidas que envolvam aumento de impostos. Segundo ele, a bancada do partido — com 109 deputados e 14 senadores — já fechou questão sobre o tema.

Roda viva com Caiado durante a semana

No tradicional programa da TV Cultura, o político goiano  afirmou nesta segunda-feira (9) que sua primeira medida no Executivo federal seria conceder aos condenados aos ataques de 8 de janeiro de 2023 a anistia ampla, geral e irrestrita.

O movimento inclui, segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os demais réus no processo criminal que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.

A declaração foi feita ao ser questionado durante o programa “Roda Viva”, da TV Cultura, se a medida seria restrita aos envolvidos nos atos antidemocráticos ou incluiria condenados em novos processos que tramitam hoje, como o do ex-presidente.

“[Concederia] todas. Anistia ampla, geral e irrestrita, como nós concedemos, já. Isso não é nenhuma inovação. Isso já existiu e já foi implantado no Brasil”, respondeu Caiado.

Ainda durante entrevista à TV Cultura, Caiado evitou opinar sobre a tentativa de golpe de Estado planejada supostamente por Bolsonaro e aliados, afirmando que “não se governa na subjetividade”, mas com “fatos concretos”.

“Esse fato já tem dois anos e seis meses. Não dá mais para você ficar esperando isso daí e o Brasil parado discutindo anistia, discutindo criminalizar essas pessoas. Desenharam uma situação que não tem outra pauta pro Brasil que não seja essa”, complementa.