O Rio Grande do Sul enfrenta um surto de raiva animal em 2024. Segundo dados oficiais, o estado registra atualmente 72 focos da doença, que tem como principal vetor de transmissão o morcego hematófago, popularmente conhecido como morcego-vampiro. Municípios como Camaquã e Chuvisca já confirmaram casos da doença, alertando produtores rurais e autoridades sanitárias.
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A raiva herbívora, que inclui Camaquã e Chuvisca entre os municípios atingidos, não possui cura e é transmitida entre os morcegos em suas colônias, que posteriormente infectam animais de criação como bovinos, equinos, suínos e ovinos.
“E os focos em todo o Estado estão sendo trabalhados exatamente da mesma maneira pelas inspetorias veterinárias locais, pelos núcleos de controle da raiva de cada jurisdição gaúcha. Contamos com o apoio do produtor rural para realizar a vacinação e na busca ativa por novos refúgios”, disse o médico veterinário, fiscal estadual agropecuário e coordenador estadual do Programa de Combate à Raiva dos Herbívoros da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Wilson Hoffmeister Júnior.
O veterinário chama atenção para a prevenção por meio da vacinação.
“A lista de casas pecuárias habilitadas para a vacinação dos animais pode ser encontrada nas inspetorias veterinárias”.
Produtores, principalmente de Camaquã e região, devem estar atentos
A transmissão ocorre quando os morcegos mordem os animais para se alimentarem de sangue, causando lesões na pele que servem como porta de entrada para o vírus. Uma vez infectados, os animais apresentam alterações comportamentais e podem morrer.
A doença representa uma grave ameaça à pecuária gaúcha e exige ações imediatas para o controle e prevenção. Produtores rurais devem estar atentos aos sinais da doença em seus animais e procurar orientação de profissionais da área veterinária. A vacinação dos animais é fundamental para evitar a propagação da raiva.
A Secretaria Estadual de Agricultura chama atenção para os produtores rurais terem cuidado ao lidarem com os morcegos, já que a doença pode ser transmitida para humanos, e que a Inspetoria está trabalhando o mais rápido possível para conter o foco de raiva no município após três décadas sem morcegos contaminados.