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Camaquã ocupa o 7º lugar no ranking com mais acidentes fatais entre 2010 e 2019

Cobertura de acidente na BR-116. Foto: Valério Weege/Arquivo/Acústica FM
Cobertura de acidente na BR-116. Foto: Valério Weege/Arquivo/Acústica FM

Um levantamento realizado pelo Detran RS aponta que Camaquã ocupa a 7ª posição no ranking de acidentes fatais em vias
municipais. De acordo com o balanço apurado entre 2010 a 2019, foram 53 mortes
em 49 acidentes. O município ainda ocupa a 35ª posição no ranking de acidentes
fatais no Estado, em todas as vias, considerando 11 mortes em nove acidentes em
2019, destes foram cinco vitimas nas vias municipais.

Os dados apontam que são 17
mortos no trânsito a cada 100 mil habitantes (considerando as mortes que
ocorreram em todos os tipos de via no ano de 2019). O relatório mostra 111 acidentes
fatais que resultaram em 125 mortes no período de 2010 a 2019.

Segundo o Detran, no período analisado,
o ano de 2014 foi o ano mais violento no trânsito onde foram registrados 17
acidentes fatais que resultaram em 21 mortes em Camaquã. Nos anos seguintes
houve redução constante nos acidentes, sendo os menores índices registrados nos
anos de 2016 e 2018 quando foram identificados 9 acidentes fatais em cada ano.

Colisões frontais e traseiras são
as mais frequentes, os atropelamentos representaram 51% e 21% deles resultaram
em morte. No período pesquisado foram identificados dados sobre acidentes com
mortes em rodovias estaduais e federais. As rodovias que registraram maior
concentração de acidentes são a BR-116 (48,6%) e RS-350 (6,3%), no entanto as
vias municipais corresponderam a 44% dos acidentes com morte.

Analisando somente as vias
municipais, destacam-se a Avenida Cônego Luiz Walter Hanquet e a Estrada Barragem
do Arroio Duro que corresponderam juntas a 20% do total de acidentes fatais
ocorridos somente nas vias urbanas. No período analisado, identificou-se 49
acidentes nas vias municipais que resultaram em 53 mortes, destes 45% foram
colisões (frontais e traseiras) e 27% foram atropelamentos.

Dos veículos envolvidos em
acidentes com morte, identificou-se que 47% dos acidentes envolveram
motocicletas e 30% tiveram participação de caminhões. Com relação à
distribuição dos acidentes por dia da semana e turno, destaque para os finais
de semana considerando as sextas-feiras, os sábados e os domingos que
corresponderam a 52% dos acidentes fatais do período (58 acidentes),
majoritariamente nas noites de sábados e domingos que registraram 17 acidentes.
No geral, percebe-se que 54% dos acidentes ocorreram durante as noites e
madrugadas, foram 60 acidentes no período.

Nos acidentes ocorridos em
Camaquã, identificou-se que 41,6% das mortes foram de ocupantes de motocicletas
(considerando motonetas e ciclomotores): faleceram 48 motociclistas (todos
homens) e 4 caronas. A maioria dos motociclistas tinha entre 18 e 34 anos (65%)
e identificou-se que 3 motociclistas eram menores de idade. Outros partícipes
que merecem destaque são os pedestres que representaram 19% do total dos óbitos
(74% eram homens) e os ciclistas com 11 mortes no período (9% do total), sendo
quase a totalidade homens e com idade acima de 45 anos.

Ainda quanto a participação das
vítimas fatais, identificou-se que 36% dos condutores e motociclistas não possuíam
CNH ou estavam em condição irregular (CNH vencida, por exemplo), onde 20
motociclistas (42%) não estavam devidamente habilitados para conduzir este tipo
de veículo. Outro fato é que 96% do total de condutores e motociclistas
falecidos eram homens.

Quanto ao perfil geral das
vítimas fatais, em Camaquã a maioria era do sexo masculino: morreram 108 homens
(86%) e 17 mulheres, onde aproximadamente 75% dos homens que tiveram óbito
estavam conduzindo veículos (todos os tipos) no momento do acidente, enquanto a
maioria das mulheres que faleceram estavam na condição de pedestres e
passageiras de veículos, com 35% cada.

No que se refere a faixa etária
das vítimas fatais, destaque para os jovens de 18 a 24 anos e para aqueles com
idade entre 25 e 34 anos que correspondem a 20% e 22% dos óbitos,
respectivamente. Outras vítimas fatais que tiveram representatividade a ser
considerada foram aquelas na faixa etária de 45 a 54 anos, com 26 mortes no
período (21% do total). Já os idosos com 60 anos ou mais representaram 14% das
vítimas fatais.