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Camaquense integra pesquisa da UFPel que pode neutralizar a Covid-19

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O Programa de Pós-graduação em Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) trabalha na neutralização da Covid-19 através de um soro hiperimune, produzido a partir de testes em cavalos. Entre os 16 pesquisadores está a doutoranda em biotecnologia e camaquense Vitória Sequeira Gonçalves de 26 anos.

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A pesquisa iniciou em abril, após o inicio da pandemia decretado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Todos os pesquisadores são doutores, doutorandos e um mestre em Ciências Biológicas em cursos da UFPEL, USP, FURG, FEEVALE e Universidade Tecnológica de Braunschweig na Alemanha.

Segundo o projeto de pesquisa cientifica coordenado pelo professor, Carlos Eduardo Nogueira, “o uso de anticorpos policlonais, obtidos a partir de soro hiperimune produzido através da imunização de animais, pode superar as limitações do uso de soro convalescente, visto que os anticorpos podem ser caracterizados e produzidos em larga escala de equinos. O objetivo da pesquisa é desenvolver um tratamento contra Covid-19 utilizando soro hiperimune, mas ainda passará por outras fases até que os ensaios clínicos iniciem no sistema imunológico de humanos saudáveis”.

Conforme a pesquisadora camaquense, “a etapa de produção dos anticorpos pelos equinos já foi finalizada, a quebra e purificação dos anticorpos também. Agora está em andamento com os testes de segurança, para o início das próximas semanas começarem os testes em humanos sadios”, explica.

A pesquisa foi realizada em Pelotas no Hospital Veterinário da UFPEL e no Laboratório de Microbiologia da Biotecnologia de forma presencial. As atividades presencias da universidade estão restritas a pesquisa direcionadas ao combate à Covid-19. Com exceção do ensaio de soroneutralização que foi realizado por parceiros da FEEVALE que tem estrutura adequada para pesquisa. A camaquense nas redes sociais escreveu sobre a felicidade em participar da atividade: “desafiadora, mas motivo de orgulho em estar na equipe”.

Devido à facilidade de gerenciamento e alto rendimento de anticorpos, o modelo equino é o mais usado na produção de soros. Os efeitos colaterais desta terapia, como reações anafilactóides, são evitadas ou reduzidas com a purificação dos anticorpos e remoção da porção Fc das imunoglobulinas, tornando a terapia aplicável a humano. No cenário de infecções virais, anticorpos produzidos em equinos são usados na terapia de infecções víricas como: Ebola, Raiva, Hepatite B e HIV.