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Camaquenses participam de uma das maiores feiras científicas do mundo em Abu Dhabi

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Mais de 50 países e de 1500 participantes. Esses são apenas alguns números que mostram a dimensão da Expo-Sciences International Abu Dhabi. E é lá, nos Emirados Árabes, que um projeto do IFSul está representando o Brasil junto a mais de 600 trabalhos do mundo todo. O projeto “Tabus – Vamos falar de tudo e mais um pouco?” conquistou o credenciamento para o evento a partir da Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia (Mostratec).

Além de compartilhar detalhes do projeto com participantes de várias nacionalidades, durante toda a semana, o grupo, formado pelos estudantes Bruna Stifft, Felipe Bartz e Gabriela Blanco, acompanhados do professor William Nitschke, está participando de uma série de atividades dentro do evento. Com uma estrutura preparada para receber milhares de visitantes e uma ampla programação que se estende de 22 a 28 de setembro, a ESI conta com congressos, workshops, apresentações culturais e, claro, as exposições de trabalhos.

Saúde mental em foco

Entre projetos das mais diversas áreas, é com um trabalho voltado à saúde mental que o IFSul conquistou o passaporte para o evento. Nascido no câmpus Camaquã como um espaço para os estudantes conversarem sobre tudo, especialmente aqueles assuntos mais “espinhosos”, o Tabus propunha a realização de rodas de conversa, em que os jovens pudessem compartilhar angústias e inquietações e falar sobre temas como autoestima, diversidade e amor próprio. A iniciativa, gestada pela psicóloga do câmpus Manoela Fernandes junto aos estudantes, surgiu, então, com a ideia de viabilizar um ambiente de autoconhecimento, em que o diálogo seria o principal recurso na promoção da saúde mental e do autoconhecimento.

Foi com essa proposta que, em 2018, o Tabus chamou a atenção dos avaliadores da Mostratec, uma das mais importantes feiras científicas e tecnológicas realizadas no Brasil. No evento, além do credenciamento para a ESI Abu Dhabi, o projeto conquistou o 1º lugar na área de Ciências Sociais, Comportamento e Arte.

Da Mostratec à ESI, um longo caminho

Do anúncio do credenciamento para a ESI até a data do evento, uma série de desafios apresentou-se ao grupo. A primeira, financeira, levou os integrantes do projeto a promoverem campanhas e parcerias para arrecadar a quantia necessária para a viagem. A outra, relativa ao idioma, envolveu o grupo em uma preparação que se estendeu por meses.

“Nos últimos meses, estávamos focados em organizar o projeto escrito em inglês e desenvolver a nossa oralidade para a apresentação no evento”, conta Felipe. Segundo ele, a questão do idioma foi bastante preconizada pelo grupo nesse período, já que, embora a Mostratec fosse uma feira internacional, eles haviam apresentado o trabalho em português. Já para a feira nos Emirados Árabes, os participantes precisariam, além de ter o projeto todo traduzido para o inglês, realizar a exposição do trabalho no idioma. Para isso, eles tiveram aulas de inglês com professores do IFSul e, paralelamente, também pesquisaram mais sobre a cultura do país em que apresentariam.

Desde o espaço e apoio para o desenvolvimento do projeto até as aulas de inglês preparatórias para a viagem, Felipe comenta que o IFSul tem um papel fundamental na trajetória do Tabus. “O IF como um todo, desde o câmpus até a Reitoria, sempre nos ajudou em qualquer atividade que planejamos. O instituto sempre foi um grande incentivador, tanto quando o projeto estava focado nos encontros como quando começamos a pesquisa, o tempo todo nos amparando”.

Abrindo novas portas

Embora afirme que nem nas mais altas expectativas do grupo os integrantes do projeto imaginavam chegar tão longe, Felipe destaca a motivação deles agora está em aproveitar todos os espaços de desenvolvimento e trocas de conhecimento do evento e, claro, a visibilidade que a participação em uma feira deste porte pode trazer. “Estamos conhecendo projetos do mundo todo, são mais de 50 países participando. Além disso, tem várias instituições de ensino e órgãos mundiais importantes que vão fazer visitas nos próximos dias, então temos bastante expectativa pela divulgação do projeto”.

Se o reconhecimento do projeto agora é internacional é porque um grande trabalho já vem sendo desenvolvido na esfera local. Em Camaquã, por exemplo, o grupo já firmou uma parceria com a prefeitura para promover um curso de capacitação voltado a professores da rede pública municipal com ênfase na metodologia do projeto. A ideia é fazer com que o Tabus se expanda por outras escolas. E é para tornar esse trabalho ainda mais amplo que o grupo aposta na visibilidade trazida pelo evento, possibilitando que ainda mais pessoas tenham o diálogo como um importante aliado da saúde mental.