O presidente da Câmara de Vereadores de Camaquã, Luciano
Dias, afirmou que a Casa Legislativa irá instaurar uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI), que irá apurar denuncia de que um dos vereadores teria
solicitado propina em troca de apoio na cedência de uma área pública a uma
empresa de tabacos. A declaração foi dada durante Sessão da Câmara de
Vereadores.
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O caso veio a público em entrevista concedida pelo vereador
Vitor Azambuja (Progressistas), na Rádio Acústica FM nesta segunda-feira (04). Durante
o diálogo, o parlamentar apresentou conversas que teve com o sócio-proprietário
da empresa Canarana Agro Comercial do Brasil Importação e Exportação de Fumo
Ltda, José Claudir Machado.
O empresário disse em mensagem via WhatsApp, que um vereador
da cidade teria pedido dinheiro em troca de apoio ao projeto que entregaria uma
área de 13 hectares para investimento da empresa, além de outros incentivos. Na
conversa, Machado não citou o nome do vereador, mas disse ter provas do que
afirmava, através de áudios e vídeos.
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Durante a mesma entrevista, Vitor Azambuja disse ainda ter
sido vítima de intimidação pelo empresário, por ter posição contrária a
cedência do local, que fica na ERS-350, bem próximo da BR-116.
A entrevista repercutiu entre os demais parlamentares, que
debateram sobre o tema na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores,
na noite desta segunda-feira (04). Alguns vereadores mostraram revolta com a
denúncia, que não cita o nome do parlamentar envolvido em corrupção, fazendo
com que a dúvida caia sobre todos os 15 membros do poder legislativo
camaquense.
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“Não deixarei manchar o nome deste Poder Legislativo,
iremos fazer de tudo para apurar os fatos”, afirmou Luciano Pereira Dias,
presidente da Câmara, em seu Espaço de Explicação Pessoal.
Ainda não há uma definição sobre como ocorrerá o rito
processual da comissão, que deverá convocar o empresário a falar em depoimento
na Câmara. Também não foi informada data para início dos trabalhos da CPI.
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A reportagem da Rádio Acústica FM tentou contato com a empresa
citada, que alegou não ter disponibilidade de participar de entrevista para
esclarecer os fatos.