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Caminhão com gasolina para serviços essenciais foi retido por grevistas em Camaquã

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Um vídeo que circula pelo WhatsApp desde a última segunda-feira (28), mostrava um caminhão da Rede Furnas sendo retido por manifestantes e levado para um posto junto ao trevo de acesso norte de Camaquã. O caminhão estava carregado com gasolina, que seria destinada para atender o Hospital Nossa Senhora Aparecida e viaturas das polícias Civil e Militar.

No vídeo, os manifestantes acusavam a empresa de burlar os bloqueios, justificando que outra rede atendia as demandas de saúde e de policiamento no município. O veículo chegou a ficar retido por um dia, e só descarregou na tarde desta terça-feira (29), após ser liberado junto com outro veículo carregado com gás de cozinha e escoltado pela polícia.

Em entrevista ao programa Primeira Hora da Acústica FM, o gerente do posto, Paulo Trajano, esclareceu a polêmica. “Essa gasolina é para atender a demanda do hospital e abastecermos as viaturas das polícias. Quando bloquearam nosso caminhão, fomos até lá e explicamos que a gasolina era para este fim, mas os grevistas disseram que outro posto tem estoque e que está atendendo a esta demanda”, explica. “Não entramos em conflito”, justifica o gerente.

No vídeo, um dos manifestantes chega a afirmar que “teriam ligado para o secretário de Saúde de Camaquã, e que este não confirmava a versão da rede”. Em contato com o secretário, ele afirma que não recebeu ligação de movimento grevista, mas reconhece que os veículos de sua pasta abastecem em outro posto, vencedor de processo licitatório.

O caminhão que ficou retido pelos grevistas tem capacidade para 30 mil litros de combustíveis, mas estava com apenas 10 mil em seu tanque. Os reservatórios do posto têm capacidade para 60 mil litros e, mesmo após a greve, a normalização do abastecimento deve levar cerca de três dias, conforme avaliação de Trajano.

Além dos órgãos de segurança e do hospital, o posto pode atender a outras demandas emergenciais, como serviços funerários e de resgate de animais. Ainda não há previsão de chegada de combustível para a venda ao consumidor.