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Caminhoneiros iniciam mobilização antes de greve

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Apesar da greve dos caminhoneiros ainda não ter sido confirmada para esta segunda-feira, alguns profissionais começaram a se mobilizar neste domingo no Estado. Caminhoneiros chegaram a paralisar em Marau, mas sem bloquear as rodovias. Em Camaquã muitos estão paralisados desde a sexta-feira, sem realizar carregamento e transporte de cargas. O Comando Nacional do Transporte tem anunciado nas redes sociais nos últimos dias, sem apoio dos sindicatos, o início de uma paralisação por tempo indeterminado. Entre as reivindicações está a redução do valor do óleo diesel e o aumento do preço do frete, assim como o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), filiada a Confederação Nacional do Transporte (CNT), no entanto, não confirma a paralisação e não apoia o movimento em prol do impeachment da presidente. Segundo o presidente da Abcam e vice-presidente da CNT, José da Fonseca Lopes, a mobilização que está sendo feita não é dos caminhoneiros. “Nós entendemos que o caminhoneiro está passando por grandes dificuldades, mas o impeachment não é o nosso segmento”, afirmou. “As pessoas que estão fazendo isso não são caminhoneiros. Eles estão tentando aliciar os profissionais”.

Lopes salientou ainda que os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem realizar mobilizações, por serem mais atuantes, mas que todos os profissionais estão sendo orientados a permanecerem em casa, sem bloquear rodovias. “Quem é a favor do impeachment que deixe o caminhão em casa e vá até a mobilização, mas o trabalho que nós estamos fazendo é para que a greve não aconteça”, argumentou.

Por melhores condições de trabalho

O caminhoneiro autônomo Vinícius Pereira Garcia, de Camaquã, está paralisado, apesar de não concordar com todas as reivindicações do Comando. Ele aguarda novas orientações para essa segunda-feira. “Alguns já estão parando, mas a ideia não é de bloquear rodovias e sim permanecer em casa. Eu sou contra o impeachment, mas quero melhores condições para trabalhar”.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que estava ajustando procedimentos para a segurança nas rodovias federais gaúchas, mas que ainda aguardava a confirmação da paralisação. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) divulgou nota em que recomenda a atuação dos policiais caso a greve prevista se confirme na segunda-feira.