Neste sábado (08), o programa Tua Saúde abordou como um tema a saúde da mulher, como foco no diagnóstico de câncer de vulva. Em entrevista com o ginecologista Dr. Adriano Zanchet, o programa destacou a importância vital da conscientização e prevenção desta doença, especialmente no contexto do Dia Internacional da Mulher e do Março Lilás, mês dedicado à saúde feminina e à prevenção do câncer ginecológico. O Dr. Zanchet enfatizou que muitas mulheres desconhecem a anatomia da vulva e a importância de reconhecer sinais de alerta, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento.
O câncer de vulva, embora represente uma parcela menor dos tumores ginecológicos, com cerca de 4% de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), apresenta uma taxa de mortalidade preocupante. Essa estatística ressalta a necessidade urgente de disseminar informações sobre a doença, seus fatores de risco e as medidas preventivas que podem ser adotadas. O Dr. Zanchet explicou que o câncer de vulva pode se desenvolver a partir de duas vias principais: infecção pelo HPV e doenças inflamatórias crônicas da vulva, como o líquen escleroso.
Durante a entrevista, foram discutidos os principais sinais de alerta que as mulheres devem estar atentas, incluindo coceira persistente, alterações na cor da pele da vulva e o aparecimento de úlceras que não cicatrizam. O Dr. Zanchet enfatizou que a banalização desses sintomas é um problema comum, o que pode levar a diagnósticos tardios e, consequentemente, a tratamentos mais complexos e com menor chance de sucesso. Ele ressaltou a importância do autoexame regular e das consultas ginecológicas de rotina como ferramentas essenciais para a detecção precoce da doença.
A prevenção desempenha um papel fundamental na redução da incidência e da mortalidade do câncer de vulva. O Dr. Zanchet destacou a importância da vacinação contra o HPV como medida preventiva primária, especialmente para mulheres jovens. Além disso, ele enfatizou a necessidade de tratamento adequado de doenças inflamatórias crônicas da vulva, como o líquen escleroso, para reduzir o risco de transformação maligna. O especialista ressaltou que o tratamento com corticoides tópicos pode ser eficaz no controle dos sintomas e na prevenção do câncer em mulheres com líquen escleroso.
Confira as orientações do ginecologista Adriano Zanchet sobre o Março Lilás
Imagens de casos de câncer de vulva