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Canoístas tapenses desbravam navio naufragado na Lagoa dos Patos

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Reportagem especial – Bira Costa

Na última semana três canoístas tapensesconseguiram concretizar um feito histórico, que exigiu coragem, arrojo e preparo, nas águas da Lagoa dos Patos. Rolo Berger, Micael Dias e “Cigano”, partiram em direção à laguna de fora e, chegaram junto ao Navio Oceanográfico “Almirante Álvaro Alberto”, que naufragou nas doces águas, em 1992, resultado de um incêndio que atingiu sem piedade a praça de máquinas, a 25 MN do farol de Itapuã, quando retornava, após uma operação de levantamentos marítimos entre as costas de São Paulo e Rio Grande do Sul.

A embarcação pertencia a Marinha Brasileira tem uma história bonita e que, de lá para cá se tornou bastante conhecida de todos os navegadores que, por este ponto da laguna cruzam ligando os pontos entre os Portos de Porto Alegre e de Rio Grande.

Os três tapenses, imbuídos do espírito aventureiro dos canoístas tripularam seus caiaques e remaram para esta destemida descoberta que, segundo o grupo, somente havia sido atingido por outros dois canoístas da Capital.

Para esta aventura, o tempo na laguna ajudou, sobremaneira. As águas estavam calmas, mas com leve mudança, após cruzarem a costa que divide as lagoas, da parte interna da externa, onde se encontra a embarcação.

Segundo documentos relativos ao navio Almirante Álvaro Alberto, que consta no site Popa.com.br, a embarcação “naufragou bem na rota comercial e foi rebocado, arrastado pelo fundo, para a atual posição alguns meses depois, para melhorar a segurança do tráfego na região”.

Triângulo das Bermudas de Tapes

Hoje o navio Almirante Álvaro Alberto possuiu segundo os navegadores, duas posições, ou, melhor coordenadas: “Conforme o item 66 da Relação de Bóias do Rio Guaíba e da Lagoa dos Patos, as coordenadas da bóia de sinalização do naufrágio do “Álvaro Alberto” são: S30°47,25′ W51°10,38′. Conforme uma lista de waypoints do Clube Náutico Tapense, as coordenadas do navio afundado Álvaro Alberto são: S30°47,400′ W51°10,613′.”

Segundo o canoísta Micael Dias, que percorreu cerca de duas horas de remo com seus amigos aproximadamente dez quilômetros, da praia de fora como é comumente conhecido, até o Navio esta expedição teve de ser bem elaborada.

“Esta foi uma expedição muito estudada porque a região onde está o navio naufragado é conhecida pelos marinheiros como o Triângulo das Bermudas da Lagoa dos Patos, devido a ser a parte mais extensa da lagoa, da profundidade e dos fortes ventos. Essa foi uma operação de alto risco”, descreveu em seu relato nas redes sociais onde postou também algumas belas imagens.

Para Rolo Berger, a expedição realmente exigiu cuidados e experiência de navegação, pois, todos levaram equipamentos de socorro e mantimentos, para alguma eventualidade na água.

“Fomos os únicos tapenses a ir neste navio de caiaque, antes tinham ido semente outros dois de Porto Alegre. Por ser longe da costa e envolvendo muito perigo, tivemos de tomar precauções”, descreve emocionado.

Clique aqui e descubra um pouco mais sobre o Navio Almirante Álvaro Alberto.

“O Navio Oceanográfico “Almirante Álvaro Alberto” – H 43, foi o primeiro navio da Marinha Brasileira a ter essa denominação. Antes de ser adquirido, em fevereiro de 1987, por US$ 3 milhões, chamava-se Grant Mariner, e inicialmente Polar 901. Foi construido por um estaleiro de Port Arthur, Texas, como rebocador de apoio a plataformas marítimas. Foi incorporado a MB em 6 de junho de 1988 após ter sido adequado pelo Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro. Media 66,15 m de comprimento, 13,42 m de boca e 4,74 m de calado. Deslocava 363 ton e era impulsionado por dois motores de 12 cilindros, acoplados a um eixo unico, totalizando 4800 Bhp. Tinha a velocidade maxima de 14 kts e abrigava até 57 tripulantes. Soçobrou no dia 16 de dezembro de 1992, as 15:30 hs, devido a um incêndio que se iniciou na praça de máquinas, a 25 MN do farol de Itapuã, quando retornava, após uma operação de levantamentos marítimos entre as costas de São Paulo e Rio Grande do Sul.