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Casa Branca recebe dossiê alertando de possível ataque ao plenário brasileiro

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Servidores do alto escalão de Joe Biden e do Congresso dos
Estados Unidos receberam nesta semana um dossiê, em que diversos acadêmicos de
instituições da sociedade civil no Brasil e nos Estados Unidos, alertam aos
americanos sobre o pleito eleitoral brasileiro de 2022.

O dossiê detalha semelhanças entre o comportamento do atual
presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro, e do ex-presidente americano
Donald Trump. “Reminiscente da retórica de Trump de 2020, Bolsonaro já disse
que não pode aceitar os resultados da eleição 2022, criando um terreno fértil
para a desinformação e atos extremistas”, afirma o documento de 25 páginas.

Trump, em suas ações, acusou o sistema eleitoral americano
de ser fraudulento no período pré-eleitoral e depois de encerradas as votações
moveu diversas ações judiciais contra sua derrota, tentando convencer atores
políticos a não aceitarem os resultados, incitando seguidores a uma invasão ao
Congresso Americano, fato em que cinco pessoas morreram.

“Bolsonaro está criando condições para um ambiente
eleitoral muito instável e, se perder, o mundo deve lembrar o ataque de 6 de
janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA e estar preparado para testemunhar uma
versão provavelmente mais extrema disso no Brasil”, conclui o estudo.

O chefe do Executivo brasileiro repercutiu as acusações sem
provas de Donald Trump, sobre a suposta fraude eleitoral nos EUA, assim
retardando os cumprimentos oficiais ao sucessor do republicano, o presidente
democrata Joe Biden.

Bolsonaro fez campanha pelo retorno do voto impresso no
Brasil e chegou a promover um desfile de tanques em Brasília enquanto o
Congresso decidia sobre como aconteceria a votação no país em 2022.

O dossiê foi entregue a Casa Branca e a todos os
congressistas dos EUA no mesmo período em que o Bolsonaro volta a colocar em
dúvida o processo eleitoral no Brasil. Em um evento no Palácio do Planalto
nesta quarta-feira (27), o presidente sugeriu que o Exército deveria fazer uma
dupla checagem do pleito, em outubro.

O governo de Biden tem como bandeira a defesa da democracia
e, em dezembro do ano passado, organizou um encontro global, com mais de cem
países para discutir os desafios aos regimes democráticos ao redor do mundo. O
Brasil foi um dos convidados.