Na noite de quarta-feira (04), a Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, prendeu o casal de influenciadores digitais, Gladison Pieri e Pamela Pavão, investigado por envolvimento com jogos de azar e lavagem de dinheiro. A prisão é o resultado de uma investigação de meses, desencadeada por diversas denúncias sobre a continuidade das atividades ilegais do casal, mesmo sob restrições judiciais.

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De acordo com a investigação, o casal continuou operando o esquema criminoso por meio de “laranjas”, burlando a proibição judicial de promover jogos de apostas online. A apuração ganhou novos contornos com a revelação de uma suposta rede de proteção envolvendo agentes públicos.
Em depoimento, os influenciadores revelaram que, em agosto do ano passado, ao menos um policial militar trabalhava diretamente prestando segurança ao casal. As investigações apontam para um relacionamento de lealdade e amizade entre os policiais e os investigados, com a participação de militares em eventos sociais do casal.
A situação se agravou com a suspeita de uso indevido de sistemas sigilosos da segurança pública para repassar informações estratégicas ao casal, com acesso indevido aos bancos de dados institucionais por parte dos policiais envolvidos.
A prisão reacende o debate sobre o uso das redes sociais para promover atividades ilegais e sobre a fiscalização e responsabilização de servidores públicos que atuam para viabilizar o crime. A investigação continua em curso para apurar a extensão do envolvimento dos agentes públicos e as ramificações do esquema criminoso.
Relembre o caso de influenciadores de Canoas
Uma operação da Polícia Civil deflagrada nesta terça-feira (6) em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, resultou em ação contra um casal de influenciadores digitais suspeitos de aplicar um golpe milionário através de rifas virtuais.
Segundo a polícia, os criminosos utilizavam as redes sociais para promover sorteios de diversos prêmios, como casas, apartamentos, carros, motos e dinheiro. No entanto, se estuda a possibilidade de que os sorteios fossem fraudados e os prêmios tenham sido entregues a pessoas próximas aos golpistas ou a “laranjas” contratados para simular a entrega dos prêmios em transmissões ao vivo.
Influenciadores são suspeitos de praticarem o golpe das rifas
Cada “cota” para participar das rifas custava apenas R$ 0,10, o que atraiu milhões de seguidores dos influenciadores. A polícia estima que o casal movimentava milhões de reais por meio desse esquema criminoso.
Além da exploração de jogos de azar, os suspeitos também são investigados por lavagem de dinheiro. Os valores obtidos com as rifas eram misturados com o faturamento de empresas dos influenciadores e utilizados para a aquisição de bens que não estavam registrados em seus nomes.
Durante a operação, foram apreendidos armas de fogo, dinheiro, documentos e joias. Os dois suspeitos foram presos e responderão pelos crimes de exploração de jogos de azar, contra a economia popular, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A Polícia Civil alerta a população para os riscos de participar de rifas virtuais promovidas por pessoas desconhecidas e recomenda que as pessoas busquem informações sobre a legalidade das promoções antes de realizar qualquer pagamento.