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Casamento homoafetivo de empresários quebra paradigmas em Tapes

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Com cerca de 120 convidados, ocorreu neste último sábado (21) na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, o enlace matrimonial de Douglas Pacini e Paulo Braul. Os noivos se conheceram em Tapes e estão juntos há seis anos. Trabalham em um Ateliê de Costura próprio, especializado em roupas de religião, cuja peças também são exportadas para Alemanha, Suíça e Uruguai.

O casamento foi planejado com riquezas de detalhes significativos e pitorescos que contribuíram para que evento se tornasse ainda mais memorável. Os arranjos de flores foram compostos de flor de pesseiro com callas negras, essas cultivadas em estufa, especialmente para a ocasião, as quais significam elegância e mistério.

O arroz de festa-colorido para os convidados jogarem, os tradicionais bem-casados nas cores LGBT, o arremesso duplo de buquês, o show baseado nos anos 90, dançarinos, stripers, banda de pagode e de artistas importantes do cenário nacional, como a travesti Gloria Crystal, e renomado ator e transformista João Carlos Castanha, fizeram a festa se estender até as seis da manhã.

A emoção se fez presente em vários momentos durante o enlace matrimonial. Mas o ápice aconteceu na hora da tradicional dança dos noivos. Douglas, conhecido carnavalesco da cidade, se inspirou no desfile da escola de samba da Unidos da Tijuca do RJ, onde a comissão de frente trocava de roupa, rapidamente e surpreendeu a todos com sua técnica, proveniente de muito ensaio. Com um lindo vestido branco, bordado com cristais swarovski, pesando 23 kg trocou, em meio a coreografia, para um vestido vermelho, concomitante ao ritmo de tango, proporcionando aos convidados um verdadeiro espetáculo.

Além de oferecer aos convidados uma festa glamorosa para formalização deste amor, os noivos promoveram uma marca histórica, de conquistas, de disrupturas da sociedade civil e religiosa quanto a discriminação e preconceitos em Tapes para o mundo. A igreja católica, contribuiu, expressivamente, abrindo as portas do seu salão paroquial para oportunizar um casamento gay, de umbandistas. O casamento foi lindo sim. Mas quem brilhou foi o respeito, a igualdade e o amor genuíno, igualitário ao próximo.