Em entrevista coletiva na Secretaria de Segurança Pública, o laudo da necrópsia pericial foi apresentado pela diretora geral do IGP, Heloísa Helena Kuser, que aponta que a causa da morte do jovem de 18 anos foi por perda sanguínea, devido a uma hemorragia interna com sinais de instrumento contundente na região cervical. O jovem já estava sem vida quando foi jogado no açude em São Gabriel, desmentindo a versão dos policiais de que o jovem estaria vivo quando foi deixado no local.
Laudos preliminares do IGP já haviam apontado que o jovem ficou pelo menos 5 dias na água. Ele foi encontrado somente uma semana depois do desaparecimento em uma sexta-feira, no dia 19 de agosto.
Segundo o Comandante-Geral da Brigada Militar, Coronel Cláudio dos Santos Feoli, as provas técnicas corroboraram os laudos periciais de Homicídio Doloso.
“A guarnição não adotou os procedimentos padrões realizados pela BM e haverá uma abertura de inquérito, no Conselho de Disciplina, com a possibilidade de exclusão dos policiais da corporação”.
Os crimes militares imputados aos policiais seriam de falsidade ideológica, ocultação de cadáver além de condutas não condizentes com os procedimentos da BM. Para a Polícia Civil representada pelo delegado Fábio Motta Lopes, as provas reforçam os indícios de suspeita de homicídio duplamente qualificado, com motivo fútil com qualificações de emprego da violência de maneira sem dar chances à vítima.
O Inquérito da Brigada Militar (IBM), será finalizado ainda nesta segunda-feira, já a investigação por parte da polícia civil será concluída somente na quinta-feira.
Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, foi encontrado morto em São Gabriel, na Fronteira Oeste do RS. O caso ocorreu em 12 de agosto. O Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, falou que se solidariza com a família do jovem, e defende que a BM faça maiores treinamentos para evitar justamente que esse tipo de caso ocorra novamente.
