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Casos suspeitos de microcefalia por zika vírus chegam a 3.893 no Brasil

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Novo levantamento do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (20), mostra que foram notificados 3.893 casos suspeitos de microcefalia por zika vírus em todo o país. Deste total, 224 casos já foram confirmados e outros 282, descartados. Os demais seguem em análise.

Pernambuco segue com o maior número de casos suspeitos, com 1.306, seguido da Paraíba, com 665, e da Bahia, com 496 casos. Já a região Sul do Brasil registra apenas um caso, de um bebê de Esteio – a mãe contraiu a doença em viagem a Pernambuco, em janeiro de 2014.

Até o momento também foram notificados 49 óbitos por malformação congênita. Em cinco deles foram confirmadas as relações da microcefalia com o zika.

No relatório anterior, divulgado em 12 de janeiro pelo Ministério da Saúde, o número de casos registrados era de 3.530, em 724 cidades. De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, já se observa uma tendência de declínio do número de suspeitas.

“Ao longo das próximas semanas vamos ver se essa tendência (de queda) se confirma, se mantém”, complementa.

Um estudo do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz do Paraná, em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), comprovou que o zika vírus consegue atravessar a placenta durante a gestação.

Os testes foram feitos em amostras da placenta de uma grávida do Nordeste que sofreu um aborto retido – quando o feto deixa de se desenvolver dentro do útero – na oitava semana de gravidez. Ela apresentou os sintomas da doença antes perder o bebê.