Em todo estado cento e sete mil candidatos a condutores
aguardam na fila para fazer a prova de direção da carteira nacional de
habilitação. Segundo o Detran, o acúmulo de candidatos aguardando agendamento
de provas é consequência da pandemia, em razão de restrições exigidas pela
crise sanitária.
Em nota, o departamento, afirma que para conter o contágio
da doença, foi necessária a readequação a uma série de protocolos. A quantidade
de exames aplicados pelo Detran teve que ser drasticamente reduzida, para a
higienização do veículo a cada troca de aluno. Como o número de pessoas que
foram abrindo processo de habilitação não diminuiu, a demanda pelo serviço se
manteve crescente e, como o atendimento reduziu, a consequência foi
“filas” de pessoas esperando. Segundo a nota, a oferta de vagas foi
ampliada e hoje o Detran atua no limite da capacidade, aplicando cerca de 55
mil exames práticos de direção por mês. Antes da pandemia eram aplicados aproximadamente
40 mil exames mensais.
Ainda assim, são 107 mil candidatos em processo de
habilitação que cumpriram as etapas anteriores e podem agendar prova prática,
conforme disponibilidade de vagas. Há regiões do estado com disponibilidade
próxima, já em outras, a espera pode levar até meses.
O presidente do Sindicado dos CFCS do Rio Grande do Sul,
Edson Cunha, concorda que a pandemia trouxe consequências à aplicação dos
exames, mas afirma que seriam necessários mais examinadores para realizar o
trabalho com mais celeridade.
Com o reajuste de 10,42% das taxas de cobrança do
Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), a partir desta
terça-feira (1°), os gaúchos tiveram um aumento de R$ 256,16 para tirar a
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria B – para a condução de carros
de passeio. Custando R$ 2.714,52, o RS aparece com o processo mais caro para
obter a primeira habilitação em todo o Brasil, segundo levantamento divulgado deputado
Fábio Ostermann (Novo).
Para quem pretende se habilitar na categoria AB, carro e
moto, o aumento será de R$ 407,07, totalizando R$ 4.314,06. De acordo com a
equipe do parlamentar, além de pagar caro, o motorista é submetido a um longo
período de espera para realização das aulas e dos exames práticos. Em janeiro
deste ano, 142.434 candidatos estavam aptos a realizar as provas, sendo 36.798
para a prova teórica e 105.636 para a prova prática.
O Sindicato dos CFCS discorda do levantamento afirma que o
Rio Grande do Sul é o sétimo colocado no ranking de preços das CNH’S, com base
em estudo feito pela Federação Nacional das Autoescolas.
