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Chacina de Viamão: como o suspeito matou as sete vítimas

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A polícia identificou o responsável pela morte de sete pessoas na noite de 18 de julho, em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Trata-se de Carlos Gabriel Pericolo da Rosa, 23 anos.Segundo a polícia, o jovem estava sob o efeito de drogas e decidiu cometer o crime depois que a família da companheira dele teria sido ameaçada. O suspeito foi encontrado morto dentro de um córrego no dia seguinte aos assassinatos.

 

Laudos da balística mostraram que os tiros foram efetuados de uma pistola calibre 9 mm. A arma não foi encontrada. Um carregador da pistola foi localizado no bolso de Pericolo, segundo a delegada Caroline Jacobs, responsável pela investigação.

— Os projeteis da pistola foram a prova técnica — salienta a delegada.

 

A polícia detalhou, na manhã desta segunda-feira (30), como Pericolo encontrou e matou uma a uma as sete vítimas. Tudo teria começado com a ameaça à família da companheira.

 

— Veio ordem de dentro do sistema prisional para que a família deixasse a vila e o cunhado dele deixasse de namorar uma das vítimas, que era namorada inclusive de um indivíduo que está preso — detalha a delegada ao explicar que a família da mulher acabou se mudando para um local desconhecido.

 

Familiares relataram à polícia que, no dia do crime, Pericolo consumiu grande quantidade de cocaína antes de sair de casa. Segundo a polícia, as vítimas mortas tinham desavenças ou desentendimento com o atirador – com exceção de Claudio Roberto Gonçalves, 38 anos.

 

Para entrar à primeira casa, Pericolo usou Douglas da Costa Orguin, 19 anos, considerado segurança do grupo criminoso. A residência, na Rua Guarapari, era alugada por Greice Kelly da Mota Jorge, considerada gerente do tráfico na região.

 

— O Douglas é o único que poderia dar acesso à casa — conta a delegada.

Primeiro, Pericolo se encontrou com Douglas na Rua Araranguá, onde estava com outras três pessoas. Dali, os dois partiram para a casa na Rua Guarapari, a uma quadra e meia de distância. Depois de ter acesso à residência, Douglas foi morto. Em seguida foi a vez de Greice Kelly e Stefania Carvalho da Silva.

 

Na rua, as três pessoas que estavam com ele ouviram os tiros.

 

— Eles falaram: “deve ser o maluco do Gabriel” — conta.

 

Na primeira casa, quatro crianças e um cadeirante tiveram as vidas poupadas, além de uma adolescente que se escondeu em um roupeiro. Segundo a delegada, o cadeirante era um dos alvos do homem. Entretanto, a irmã dele, Greice Kelly, implorou por sua vida. A mulher foi encontrada morta agarrada na cadeira de rodas.

 

Após os tiros, Pericolo fugiu pelos fundos, pulando muros e passando por terrenos de casas vizinhas. O atirador chegou à Rua Araranguá e se deparou com Claudio Roberto, usuário de drogas, que foi morto. Segundo a polícia, ele tinha ido ao local comprar entorpecentes.

 

O atirador seguiu em direção à Rua Ibiruba onde encontrou Cintia Fogaça dos Santos, 19 anos, e atirou contra ela. A jovem foi socorrida pelo namorado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas morreu.

 

A poucos metros dali, Pericolo entrou em outra casa, na Rua Professor de Freitas Cabral. Ali foram mortos Frank Bruno, 22 anos, e Graziela da Silva Santos, 27 anos. Segundo a delegada, três pessoas que estavam na casa conseguiram se esconder em um quarto e não foram mortas.