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Chefe de Polícia do RS afirma que autoridades analisam transferência líderes de facção para cadeias de alta segurança

Foto: Arquivo/Acústica FM
Foto: Arquivo/Acústica FM

 O Chefe da Polícia Civil do Rio
Grande do Sul, Fábio Mota Lopes, afirmou nesta terça-feira que as autoridades da segurança analisam
a possiblidade de isolar líderes de facções criminosas que entraram em conflito
mais uma vez em Porto Alegre. Em entrevista à reportagem da
Acústica FM, o delegado destacou que essa não seria uma medida nova, mas ressaltou
que está sendo estudado o envio dos chefes das organizações criminosas para
presídios de alta segurança que possuam bloqueadores de celulares. Questionado
sobre se essa transferência ocorreria para cadeias federais,  o  chefe da Policia
Civil descartou a medida no momento

” O Envio de presos para cadeias federais de alta segurança  é uma medida que a  gente sempre analisa, mas não é algo que nós pensamos em fazer agora, porque é um procedimento um pouco moroso depende de vários processos, mas estudamos a possibilidade de transferência para presídios estaduais que tenham bloqueadores de celulares para acabar com a comunicação das lideranças”, destacou o delegado Fábio Mota Lopes.

Em abril deste ano, o governo do Rio
Grande do Sul foi intimado após uma decisão da juíza Sonali da Cruz Zluhan para
prestar informações relativas ao isolamento de dez líderes de facções criminosas na
Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), que eram responsáveis
pela guerra do tráfico na zona Sul de Porto Alegre em março deste ano, provocando mais 35 mortes na região.

A magistrada havia questionado a
transferência desses presos para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas
porque na época um detento precisou ser transferido para a Penitenciária
Estadual de Canoas, único local com bloqueador de celular, para evitar que ele usasse telefone, pois estava alojado na Pasc fazendo uso indiscriminado
do aparelho. Assim como em março, Porto Alegre voltou a registrar conflitos
provocados por uma disputa entre duas facções que atuam no Estado. Segundo a Polícia
a Principal causa são retaliações ocorridas entre duas facções.

 As investigações apontam que uma
dívida entre os grupos rivais, a expulsão de um deles de um ponto de tráfico de
drogas da Vila Cruzeiro, na Zona Sul, e a morte de uma liderança estariam por
trás de um novo cenário de violência. Entre a noite de domingo (4) e a
madrugada de segunda-feira (5), dois fatos elevaram a tensão entre moradores:
o ataque a tiros em um bar onde cerca de 80 pessoas se reuniam, no bairro
Campo Novo, em que duas morreram, e o arremesso de uma granada em um
condomínio da região central da cidade. Conforme a Polícia Civil, a
segunda ação teria sido um revide à primeira.

A Brigada Militar reforçou o
policiamento nas regiões do conflito e a Policia Civil aumentou número de
agentes nas delegacias responsáveis por investigar e elucidar homicídios.